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Sete dos dez crackers mais ativos são do Brasil
O Brasil continua no topo da lista dos grupos crackers em todo o mundo...De acordo com pesquisa desenvolvida pela mi2g Intelligence Unit, empresa de consultoria de risco digital baseada em Londres, entre os dez grupos que mais invadiram sites durante o mês de outubro, sete estão baseados no Brasil.
Nos últimos dois anos, o Brasil vem figurando com destaque na lista dos crackers que incluem desde pessoas que invadem pequenos sites, até os que conseguem fraudar cartões de créditos ou sistemas de governos. De acordo com a mi2g, só neste ano a ação dos crackers já causou prejuízos entre US$ 118,8 bilhões e US$ 145,1 bilhões (entre R$ 336 bilhões e R$ 413 bilhões) em todo o mundo. A ação dos crackers em 2003 aumentou em relação ao ano passado, quando os brasileiros lideraram também o topo da lista.
Prejuízos
Os prejuízos no mercado mundial giraram entre US$ 44 bilhões e US$ 54 bilhões (entre R$ 125 bilhões e R$ 154 bilhões) no ano passado. Os dados divulgados pela mi2g são baseados no sistema Eveda, que estima danos e perdas econômicas de empresas, levando em consideração produtividade e tempo perdidos, além de custos de reparação dos sistemas atingidos. A pesquisa conta o número de sistemas atacados, sem considerar o impacto que causaram. Essa forma de análise é contestada por alguns especialistas que acreditam que a amostragem quantitativa acaba distorcendo a realidade.
Na opinião de Rinaldo Ribeiro, de 28 anos, gerente de tecnologia da empresa carioca 3 elos, é um exagero dizer que o Brasil está no topo do ranking dos crackers. Certamente é um exagero, porque eles fazem coisas menos criminosas e menos poderosas. Eu não considero esses índices. Na verdade são páginas que são modificadas, para poder medir se um país ou um grupo tem conhecimento, principalmente sobre essa questão de segurança, disse Ribeiro.
Poder
A discussão veio à tona depois que o jornal norte-americano The New York Times publicou matéria há cerca de duas semanas dizendo que o Brasil estava se tornando um laboratório de crimes de informática, baseado em um dos relatórios da mi2g.
O último relatório divulgado pela empresa, relativo ao mês de outubro, confirma a liderança do Brasil na lista dos grupos que mais causam danos à rede mundial de Internet, como divulgou o jornal. O consultor acha que quantidade é bem diferente de qualidade e que o Brasil fica atrás de muitos países quando se fala em poder dos crackers.
Pelos índices genéricos apresentados não dá para medir o que acontece realmente. Se for comparar com o poder, pela capacidade encontrada em outros países como a Polônia ou a China, o Brasil está longe desse topo. Acho que a forma como esta informação é disseminada acaba criando uma imagem distorcida do que acontecesse na realidade, disse Ribeiro. Ele reconhece, no entanto, que os grupos brasileiros realizam um grande volume de ataques.
O consultor, que já foi chamado de o maior cracker do mundo por ter conseguido por quatro anos ganhar um concurso de quebra de sistemas nos Estados Unidos, acha que esse grande número de ataques revela a fragilidade dos sistemas. A quantidade de problemas que aparecem todos os dias é enorme, tal como a quantidade de ferramentas que surgem a toda hora. Manter o sistema de rede de segurança em um bom nível é complicado. Existe hoje uma dificuldade de se chegar a um nível de segurança e manter isso.
Conhecimento
Rinaldo Ribeiro lembra ainda que os grandes casos, ao contrário dos que aparecem nos relatórios de empresas de consultoria, não chegam ao conhecimento do público. A grande maioria dos ataques, as coisas mais sérias, não está disponível para a mídia. (Quando) um grupo russo entra em uma grande empresa de tecnologia nos Estados Unidos isso não sai nos jornais. Falhas muito sérias não são trazidas a público. Então, pode ficar parecendo para quem lê jornal: no Brasil está cheio de criminosos, lançando ataques todos os dias.
Importantes ou não, os ataques dos crackers brasileiros já estão deixando uma marca negativa para o país. Rinaldo Ribeiro disse que alguns sites internacionais já estão bloqueando seus acessos aos internautas brasileiros temendo ataques. O do governo norte-americano é um deles.
Fonte: BBC Brasil
Nos últimos dois anos, o Brasil vem figurando com destaque na lista dos crackers que incluem desde pessoas que invadem pequenos sites, até os que conseguem fraudar cartões de créditos ou sistemas de governos. De acordo com a mi2g, só neste ano a ação dos crackers já causou prejuízos entre US$ 118,8 bilhões e US$ 145,1 bilhões (entre R$ 336 bilhões e R$ 413 bilhões) em todo o mundo. A ação dos crackers em 2003 aumentou em relação ao ano passado, quando os brasileiros lideraram também o topo da lista.
Prejuízos
Os prejuízos no mercado mundial giraram entre US$ 44 bilhões e US$ 54 bilhões (entre R$ 125 bilhões e R$ 154 bilhões) no ano passado. Os dados divulgados pela mi2g são baseados no sistema Eveda, que estima danos e perdas econômicas de empresas, levando em consideração produtividade e tempo perdidos, além de custos de reparação dos sistemas atingidos. A pesquisa conta o número de sistemas atacados, sem considerar o impacto que causaram. Essa forma de análise é contestada por alguns especialistas que acreditam que a amostragem quantitativa acaba distorcendo a realidade.
Na opinião de Rinaldo Ribeiro, de 28 anos, gerente de tecnologia da empresa carioca 3 elos, é um exagero dizer que o Brasil está no topo do ranking dos crackers. Certamente é um exagero, porque eles fazem coisas menos criminosas e menos poderosas. Eu não considero esses índices. Na verdade são páginas que são modificadas, para poder medir se um país ou um grupo tem conhecimento, principalmente sobre essa questão de segurança, disse Ribeiro.
Poder
A discussão veio à tona depois que o jornal norte-americano The New York Times publicou matéria há cerca de duas semanas dizendo que o Brasil estava se tornando um laboratório de crimes de informática, baseado em um dos relatórios da mi2g.
O último relatório divulgado pela empresa, relativo ao mês de outubro, confirma a liderança do Brasil na lista dos grupos que mais causam danos à rede mundial de Internet, como divulgou o jornal. O consultor acha que quantidade é bem diferente de qualidade e que o Brasil fica atrás de muitos países quando se fala em poder dos crackers.
Pelos índices genéricos apresentados não dá para medir o que acontece realmente. Se for comparar com o poder, pela capacidade encontrada em outros países como a Polônia ou a China, o Brasil está longe desse topo. Acho que a forma como esta informação é disseminada acaba criando uma imagem distorcida do que acontecesse na realidade, disse Ribeiro. Ele reconhece, no entanto, que os grupos brasileiros realizam um grande volume de ataques.
O consultor, que já foi chamado de o maior cracker do mundo por ter conseguido por quatro anos ganhar um concurso de quebra de sistemas nos Estados Unidos, acha que esse grande número de ataques revela a fragilidade dos sistemas. A quantidade de problemas que aparecem todos os dias é enorme, tal como a quantidade de ferramentas que surgem a toda hora. Manter o sistema de rede de segurança em um bom nível é complicado. Existe hoje uma dificuldade de se chegar a um nível de segurança e manter isso.
Conhecimento
Rinaldo Ribeiro lembra ainda que os grandes casos, ao contrário dos que aparecem nos relatórios de empresas de consultoria, não chegam ao conhecimento do público. A grande maioria dos ataques, as coisas mais sérias, não está disponível para a mídia. (Quando) um grupo russo entra em uma grande empresa de tecnologia nos Estados Unidos isso não sai nos jornais. Falhas muito sérias não são trazidas a público. Então, pode ficar parecendo para quem lê jornal: no Brasil está cheio de criminosos, lançando ataques todos os dias.
Importantes ou não, os ataques dos crackers brasileiros já estão deixando uma marca negativa para o país. Rinaldo Ribeiro disse que alguns sites internacionais já estão bloqueando seus acessos aos internautas brasileiros temendo ataques. O do governo norte-americano é um deles.
Fonte: BBC Brasil
URL Fonte: https://infoguerra.com.br/noticia/118/visualizar/
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