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Sexta - 03 de Março de 2006 às 15:52
Por: escritor

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Os zagueiros da Croácia, Austrália e Japão, fora os dos times da segunda fase, já devem estar em preparação para marcar a Seleção Brasileira. Há, porém, outro profissional que marcará os atletas brasileiros mais em cima ainda, com ajuda da tecnologia.

O preparador físico da Seleção do Brasil, Moraci Sant´Anna, estreará no amistoso contra a Rússia, na Quarta-Feira de Cinzas (01/03), a versão final do software de gerenciamento de dados que levará para a Copa.

"O aplicativo ainda precisa de pequenas mudanças, mas essa será a versão que usaremos na Copa do Mundo" afirma Moraci, preparador físico da comissão técnica de Carlos Alberto Parreira. O aplicativo, chamado de "Números do Jogo", foi desenvolvido em parceria com a consultoria paulista Agnus Info após seis meses de preparação.

"Anotava os dados da partida em papel entre 1974, ano em que comecei, e 1992, quando tive a chance de levar um notebook para o campo" afirma Sant´Anna, que vai registrar os dados de jogadores durante a partida em uma planilha de Access modificada pela Microsoft.

Com o software, o preparador consegue contabilizar estatísticas gerais de uma partida de futebol, como chutes ao gol, cruzamentos na área e a posse de bola, além de gerenciar dados individuais, como passes errados e faltas cometidas. As informações são inseridas manualmente no "Números do Jogo".

"Posso dar conselhos em tempo real pro Parreira caso um jogador esteja com rendimento abaixo da média". O software ainda cria quadros com todos os dados e deverá criar gráficos com as informações em sua segunda versão, segundo Lelis Souza Filho, diretor de tecnologia da Agnus.

Em 1992, quando usava um aplicativo mais simples no São Paulo, Moraci observou que o lateral direito Cafu tinha uma média de passes errados pior que a média do time - 5,2 contra 2,8 por atleta em cada jogo.

"Conversei com o Cafu e mostrei pra ele os dados das partidas. Ele recebia a bola com a cabeça baixa e demorava para ver outros atletas". No jogo seguinte, o lateral teve uma média de 3,6 passes errados.

"Não temos um mercado para programas como esse no Brasil. Entrei em contato com a Agnus para o desenvolvimento por uma carência do setor", afirma Sant´Anna, que deverá ver seu aplicativo nas lojas em menos de dois meses. "Estamos apenas finalizando as últimas falhas para empacotá-lo", revela Souza.

A previsão é que, em um ano, sejam vendidas 150 cópias dentro de um nicho que envolve clubes profissionais de futebol, redes de TV e universidades. A Agnus ainda tem planos de exportar o "Números do Jogo", que sairá em inglês, francês e espanhol junto ao lançamento em português. "Devemos aproveitar a isenção de impostos da MP do Bem, mas ainda não temos data para começar a exportar".


Fonte:IDG Now






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