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Gerais
Segunda - 19 de Março de 2007 às 22:25
Por: Luiz Celso

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Eugene Kaspersky disse temer o crescimento de códigos maliciosos em uma entrevista na CeBIT, concedida na última sexta-feira (16/03), ao site heise Security. “Se o crescimento de malwares continuar neste ritmo, chegará um ponto em que nossa indústria inteira poderá não conseguir deter a corrente”, disse Kaspersky, que é diretor de pesquisas antivírus e CTO da empresa russa Kaspersky Labs, fundada por ele. “Eu gostaria de ver um tipo de Interpol da Internet. Até mesmo o melhor software de segurança, por si só, logo não será mais suficiente”, acrescentou.

Kaspersky explica que é necessário cooperação porque os programadores de malware não respeitam fronteiras. Criminosos digitais da Rússia atacam bancos ingleses e brasileiros usam sites de internautas espanhóis, enquanto a polícia só pode operar dentro das fronteiras nacionais. Os programadores de vírus são também numerosos e operam de forma independente.

O especialista se preocupa com programas de inclusão digital em países em desenvolvimento. De acordo com ele, fazer dinheiro utilizando o crime digital pode parecer uma opção muito boa nos países mais pobres. Kaspersky tem esta posição desde a publicação de seu artigo Changes in the antivirus industry, de junho de 2006, quando falou da “contínua criminalização da Internet” e defendeu seu ponto de vista afirmando que a maioria das pragas digitais tem origem na China, na América Latina, na Rússia e no Oriente Médio — todos territórios em desenvolvimento.

A empresa russa pede cooperação da polícia desde fevereiro. Na ocasião, Natalya Kaspersky, CEO da empresa, admitiu que será muito difícil proteger os internautas de forma adequada sem a cooperação da polícia. “Nós não temos as soluções. Nós achávamos que era possível fazer um antivírus que seria uma proteção adequada. Mas este tempo se foi”, disse.


Fonte: Linha Defensiva




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