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A nova ordem mundial da TI
esquisas acabaram trazendo alguns números surpreendentes em 2006, com a HP deslocando a IBM do primeiro lugar em vendas e a Dell tropeçando e perdendo a coroa do PC para a HP.
Este ano, uma análise feita pela revista Network World, dos Estados Unidos, mostra os resultados financeiros de nove empresas de rede que são líderes na indústria. Por maiores que sejam estas companhias e mais amadurecidas que esteja a indústria, os resultados mostram que mudança é a norma e reinvenção constante é necessária para ter êxito.
Considere o segmento de computadores. HP e IBM fizeram grandes apostas antagônicas nos últimos anos: a HP acumulou ativos de PC e a IBM seguiu na direção oposta, desfazendo-se de sua unidade de PC e colocando suas fichas em serviço opcionais.
HP - A rainha do pedaço
No ano passado, a HP se tornou o maior fabricante de computadores em termos de receita, com as vendas aumentando 6%, para 91,7 bilhões de dólares, em comparação ao total de 91,4 bilhões de dólares da IBM no final do exercício.
O Personal Systems Group da HP gerou, sozinho, 29 bilhões de dólares em vendas (32% da receita total), 10 bilhões de dólares a mais do que todo o grupo de sistemas da IBM. E isso sem levar em conta a receita da HP proveniente de sistemas maiores.
A HP alcançou sucesso especial com vendas de laptops, que cresceram 8,4%. De acordo com a IDC, as vendas de PC da HP superaram as da Dell no terceiro e quarto trimestres de 2006.
A empresa diz que também se saiu bem na área de servidores-padrão da indústria, com aumento de receita de 6%, mas não informou as cifras.
Os gastos corporativos, porém, ainda estão altos, revela a empresa em seu relatório anual, limitando os lucros a 6,2 bilhões, ou um retorno inferior a 7%. Em resposta, a HP otimizou operações ao remover três camadas de gestão e está empenhada em aumentar a eficiência de diversas áreas, “de bens imóveis a procurement, de TI a supply chain”.
A aquisição da Mercury Interactive por 4,5 bilhões de dólares no ano passado – o maior negócio desde a fusão com a Compaq – também deverá ajudar na lucratividade. Embora o segmento de software da HP represente 1% de sua receita total, a aquisição da Mercury é vital para o plano da HP de se posicionar como fornecedora-chave de ferramentas para melhorar operações de TI (não importa que não tenha feito um bom trabalho internamente).
IBM - Aposta em serviços
Software, obviamente, é uma das principais fontes de lucro da IBM. As vendas de software aumentaram 8% no ano passado, para 18,2 bilhões de dólares, e geraram 40% do lucro antes do imposto de renda, de acordo com o relatório anual da empresa. Isso ajudou a IBM a auferir o gigantesco lucro total de 9,5 bilhões de dólares, 53% a mais do que a HP e atrás apenas da Microsoft nesta análise.
Mas as vendas da Big Blue ficaram praticamente niveladas em 2006 em comparação a 2005, aumentando menos de 1%, para 91,4 bilhões de dólares. O motivo foi que os números da receita em 2005 incluem quatro meses da unidade de PC da IBM, que a empresa alienou em abril daquele ano. Se os números sobre PC fossem excluídos dos resultados de 2005, a IBM teria obtido um ganho de receita de 4% em 2006.
Não é de se jogar fora, mas também não é um crescimento astronômico, e parte da culpa está na louvada unidade de serviços da IBM.
Os serviços responderam por 53% da receita e o segmento foi afetado durante alguns anos. A unidade de serviços da IBM cresceu 2% no ano passado, para 48,3 bilhões de dólares, e sua contribuição para a receita antes do imposto foi de 37%, inferior ao segmento de software, embora os serviços produzam mais do que o dobro da receita.
Ironicamente, enquanto o setor de serviços balançava, a unidade de sistemas seguia em frente, crescendo 5% no ano passado, para 20 bilhões de dólares. Portanto, terá valido a pena a aposta da IBM? Em 2004, a IBM gerou acima de 5 bilhões de dólares a mais em vendas do que em 2006, porém obteve 2 bilhões de dólares a menos de lucros. A resposta é simples.
Dell - Um ano infernal
O veredicto está dado e cabeças estão rolando. O crescimento da receita paralisou, o lucrou caiu, a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio (Securities and Exchange Commission – SEC) está investigando irregularidades contábeis e financeiras e a equipe executiva foi detonada. A Nasdaq chegou a considerar tirar as ações da companhia do mercado. Não foi um ano bom.
A Dell conseguiu aumentar as vendas em 2%, para 57 bilhões de dólares, a primeira vez em anos que divulgou crescimento inferior a dois dígitos. O panorama dos lucros é ainda mais perturbador. O lucro da Dell em 2007 foi igual ao de 2004, 2,6 bilhões de dólares, apesar de as vendas, na ocasião, terem ficado 16 bilhões de dólares abaixo de 2007.
Em resposta a tudo isso, em janeiro a Dell dispensou o CEO Kevin Rollins e colocou em seu lugar o fundador Michael Dell.
Microsoft - Jogando bem com a Novell
Para a Microsoft não importa quem vende as plataformas, contanto que o setor esteja crescendo. O ano fiscal da empresa encerra em julho. Para ter uma idéia mais atualizada de como a empresa está se saindo, examinamos os trimestres relacionados diretamente ao calendário de 2006. Esta abordagem mostra a receita subindo 11%, para 46 bilhões de dólares, e os lucros caindo 9%, para 11,9 bilhões de dólares.
A queda de lucros não surpreende, já que a Microsoft encontra-se no processo de lançar muitas novidades, desde o Vista às novas versões do Office e do Exchange.
Você acha que é barato desenvolver estas coisas? A Microsoft gastou mais em Desenvolvimento e Pesquisas no ano fiscal de 2006 – 6,6 bilhões – do que todas as outras empresas analisadas aqui, incluindo a IBM, que é mais do que duas vezes maior. No entanto, conseguiu um portfólio bastante equilibrado.
O anúncio mais surpreendente da Microsoft foi uma parceria abrangente de negócios e tecnologia com a Novell para possibilitar que empresas rodem, integrem e gerenciem Linux e Windows em seus ambientes facilmente ao mesmo tempo em que se livram de preocupações com patente e propriedade intelectual.
Novell - Luta contra queda de receita
Apesar de toda a badalação da Novell em torno do Linux, este ainda representa uma pequena fração das vendas da empresa. No quarto trimestre, por exemplo, produtos da plataforma Linux responderam por 13 milhões de dólares da receita total de 245 milhões de dólares da empresa.
Além do Linux, outra área-chave de crescimento que a Novell detectou é o gerenciamento de identidade e de acesso, que gerou 24 milhões de dólares em seu último trimestre. Enquanto isso, a Novell declarou que “a receita de Open Enterprise Server e de produtos relacionados ao NetWare caiu 25% em relação ao mesmo período do ano anterior”.
A empresa chegou ao fim de 2006 com receita de 997 milhões de dólares, uma queda de 7% em comparação a 2005, e lucro de 32 milhões de dólares contra 373 milhões de dólares em 2005. Visivelmente, a Novell teve muito que fazer, com os grandes segmentos declinando mais rapidamente do que as novas categorias menores e mais promissoras cresciam.
Cisco - O rolo compressor continua
Este peso-pesado do setor de rede não precisa se preocupar com equilibrar o novo e o velho. Em 2006, a receita disparou 15%, para 28,4 bilhões de dólares, em grande parte por causa da aquisição, por 6,9 bilhões de dólares, da Scientific Atlanta, empresa na qual está se apoiando para entrar no jogo da distribuição de vídeo.
Os lucros, entretanto, caíram 3%, para 5,6 bilhões de dólares, no ano fiscal de 2006, encerrado em 29 de julho, a primeira queda nos últimos tempos. A empresa culpa, em parte, novas regulamentações que impõem uma maneira diferente de contabilizar os gastos com remuneração baseada em ações.
O ano fiscal da Cisco, encerrado em julho passado, e os trimestres referentes ao calendário de 2006 dão um panorama ainda melhor. A receita aumentou surpreendentes 23%, para 31,8 bilhões de dólares, em comparação ao período de 12 meses precedente, e os lucros aumentaram 14%, para 6,4 bilhões de dólares.
Ainda assim, a Cisco tem-se mostrado bastante dócil ultimamente, uma fera predatória que está quieta tentando digerir sua última grande presa, a Scientific Atlanta, que acrescentou 8 mil funcionários à sua força de trabalho.
Nortel - De volta ao vermelho
A Nortel tem estado ocupada demais tentando se recuperar depois de alguns anos tumultuados. Até que ponto foi ruim? “O ano de 2006 foi o primeiro com fluxo de caixa operacional positivo desde 1998”, afirma a empresa em seu relatório anual. Em 2005, as vendas aumentaram pela primeira vez em cinco anos. Em 2006, a empresa manteve o bom momento, com crescimento de receita de 8%, para 11,4 bilhões de dólares. Este ganho, segundo a empresa, foi impulsionado principalmente por resultados da LG-Nortel, joint venture que a Nortel criou em fins de 2005 com a LG Electronics da Coréia para vender equipamentos de rede empresariais.
Os lucros, porém, ainda estão difíceis, já que a empresa mal saiu do vermelho no ano passado, com lucro líquido de 28 milhões de dólares. Mas, sob a liderança do CEO Mike Zafirovski, que ocupa o cargo há um ano e meio, a Nortel está fazendo apostas significativas. A mais notável é a aliança estratégica de quatro anos com a Microsoft para desenvolver e vender em conjunto produtos de comunicação unificados.
3Com - O pior já passou
A 3Com é outro player de infra-estrutura de rede problemático que está começando a ver uma luz no fim do túnel. A empresa encerrou o ano fiscal de 2006 com boas notícias: “Em 2006, o negócio geral da 3Com cresceu pela primeira vez em sete anos”. A receita aumentou 22%, para 795 milhões de dólares, crescimento que a companhia atribuiu às vendas de produtos de segurança e aos lucros da H3C, joint venture de rede de dados da 3Com com a Huawei Technologies na China.
A 3Com, porém, ainda divulgou um prejuízo de 100 milhões de dólares no ano fiscal de 2006, seu sexto ano consecutivo no vermelho. Ao longo deste período, a empresa gastou 9,5 bilhões de dólares para vender 7,2 bilhões de dólares em bens e serviços, resultando em um prejuízo líquido de 2,3 bilhões de dólares.
Juniper - Mantendo a rota
A Juniper encerrou 2006 com receita de 2,3 bilhões de dólares, um aumento de 9%. Entretanto, a companhia apresentou o prejuízo fenomenal de 997 milhões de dólares no ano ao amortizar bens intangíveis acumulados em seu balanço patrimonial em decorrência da aquisição da fornecedora de segurança NetScreen. Se este evento de única vez não fosse levado em conta, a empresa teria terminado o ano com lucro de 439 milhões de dólares.
No geral, as nove empresas retratadas aqui geraram mais de meio trilhão de dólares de receita em 2006, mais do que o produto interno bruto da Holanda, e 72 bilhões de dólares de lucro.
Fonte: COMPUTERWORLD
Este ano, uma análise feita pela revista Network World, dos Estados Unidos, mostra os resultados financeiros de nove empresas de rede que são líderes na indústria. Por maiores que sejam estas companhias e mais amadurecidas que esteja a indústria, os resultados mostram que mudança é a norma e reinvenção constante é necessária para ter êxito.
Considere o segmento de computadores. HP e IBM fizeram grandes apostas antagônicas nos últimos anos: a HP acumulou ativos de PC e a IBM seguiu na direção oposta, desfazendo-se de sua unidade de PC e colocando suas fichas em serviço opcionais.
HP - A rainha do pedaço
No ano passado, a HP se tornou o maior fabricante de computadores em termos de receita, com as vendas aumentando 6%, para 91,7 bilhões de dólares, em comparação ao total de 91,4 bilhões de dólares da IBM no final do exercício.
O Personal Systems Group da HP gerou, sozinho, 29 bilhões de dólares em vendas (32% da receita total), 10 bilhões de dólares a mais do que todo o grupo de sistemas da IBM. E isso sem levar em conta a receita da HP proveniente de sistemas maiores.
A HP alcançou sucesso especial com vendas de laptops, que cresceram 8,4%. De acordo com a IDC, as vendas de PC da HP superaram as da Dell no terceiro e quarto trimestres de 2006.
A empresa diz que também se saiu bem na área de servidores-padrão da indústria, com aumento de receita de 6%, mas não informou as cifras.
Os gastos corporativos, porém, ainda estão altos, revela a empresa em seu relatório anual, limitando os lucros a 6,2 bilhões, ou um retorno inferior a 7%. Em resposta, a HP otimizou operações ao remover três camadas de gestão e está empenhada em aumentar a eficiência de diversas áreas, “de bens imóveis a procurement, de TI a supply chain”.
A aquisição da Mercury Interactive por 4,5 bilhões de dólares no ano passado – o maior negócio desde a fusão com a Compaq – também deverá ajudar na lucratividade. Embora o segmento de software da HP represente 1% de sua receita total, a aquisição da Mercury é vital para o plano da HP de se posicionar como fornecedora-chave de ferramentas para melhorar operações de TI (não importa que não tenha feito um bom trabalho internamente).
IBM - Aposta em serviços
Software, obviamente, é uma das principais fontes de lucro da IBM. As vendas de software aumentaram 8% no ano passado, para 18,2 bilhões de dólares, e geraram 40% do lucro antes do imposto de renda, de acordo com o relatório anual da empresa. Isso ajudou a IBM a auferir o gigantesco lucro total de 9,5 bilhões de dólares, 53% a mais do que a HP e atrás apenas da Microsoft nesta análise.
Mas as vendas da Big Blue ficaram praticamente niveladas em 2006 em comparação a 2005, aumentando menos de 1%, para 91,4 bilhões de dólares. O motivo foi que os números da receita em 2005 incluem quatro meses da unidade de PC da IBM, que a empresa alienou em abril daquele ano. Se os números sobre PC fossem excluídos dos resultados de 2005, a IBM teria obtido um ganho de receita de 4% em 2006.
Não é de se jogar fora, mas também não é um crescimento astronômico, e parte da culpa está na louvada unidade de serviços da IBM.
Os serviços responderam por 53% da receita e o segmento foi afetado durante alguns anos. A unidade de serviços da IBM cresceu 2% no ano passado, para 48,3 bilhões de dólares, e sua contribuição para a receita antes do imposto foi de 37%, inferior ao segmento de software, embora os serviços produzam mais do que o dobro da receita.
Ironicamente, enquanto o setor de serviços balançava, a unidade de sistemas seguia em frente, crescendo 5% no ano passado, para 20 bilhões de dólares. Portanto, terá valido a pena a aposta da IBM? Em 2004, a IBM gerou acima de 5 bilhões de dólares a mais em vendas do que em 2006, porém obteve 2 bilhões de dólares a menos de lucros. A resposta é simples.
Dell - Um ano infernal
O veredicto está dado e cabeças estão rolando. O crescimento da receita paralisou, o lucrou caiu, a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio (Securities and Exchange Commission – SEC) está investigando irregularidades contábeis e financeiras e a equipe executiva foi detonada. A Nasdaq chegou a considerar tirar as ações da companhia do mercado. Não foi um ano bom.
A Dell conseguiu aumentar as vendas em 2%, para 57 bilhões de dólares, a primeira vez em anos que divulgou crescimento inferior a dois dígitos. O panorama dos lucros é ainda mais perturbador. O lucro da Dell em 2007 foi igual ao de 2004, 2,6 bilhões de dólares, apesar de as vendas, na ocasião, terem ficado 16 bilhões de dólares abaixo de 2007.
Em resposta a tudo isso, em janeiro a Dell dispensou o CEO Kevin Rollins e colocou em seu lugar o fundador Michael Dell.
Microsoft - Jogando bem com a Novell
Para a Microsoft não importa quem vende as plataformas, contanto que o setor esteja crescendo. O ano fiscal da empresa encerra em julho. Para ter uma idéia mais atualizada de como a empresa está se saindo, examinamos os trimestres relacionados diretamente ao calendário de 2006. Esta abordagem mostra a receita subindo 11%, para 46 bilhões de dólares, e os lucros caindo 9%, para 11,9 bilhões de dólares.
A queda de lucros não surpreende, já que a Microsoft encontra-se no processo de lançar muitas novidades, desde o Vista às novas versões do Office e do Exchange.
Você acha que é barato desenvolver estas coisas? A Microsoft gastou mais em Desenvolvimento e Pesquisas no ano fiscal de 2006 – 6,6 bilhões – do que todas as outras empresas analisadas aqui, incluindo a IBM, que é mais do que duas vezes maior. No entanto, conseguiu um portfólio bastante equilibrado.
O anúncio mais surpreendente da Microsoft foi uma parceria abrangente de negócios e tecnologia com a Novell para possibilitar que empresas rodem, integrem e gerenciem Linux e Windows em seus ambientes facilmente ao mesmo tempo em que se livram de preocupações com patente e propriedade intelectual.
Novell - Luta contra queda de receita
Apesar de toda a badalação da Novell em torno do Linux, este ainda representa uma pequena fração das vendas da empresa. No quarto trimestre, por exemplo, produtos da plataforma Linux responderam por 13 milhões de dólares da receita total de 245 milhões de dólares da empresa.
Além do Linux, outra área-chave de crescimento que a Novell detectou é o gerenciamento de identidade e de acesso, que gerou 24 milhões de dólares em seu último trimestre. Enquanto isso, a Novell declarou que “a receita de Open Enterprise Server e de produtos relacionados ao NetWare caiu 25% em relação ao mesmo período do ano anterior”.
A empresa chegou ao fim de 2006 com receita de 997 milhões de dólares, uma queda de 7% em comparação a 2005, e lucro de 32 milhões de dólares contra 373 milhões de dólares em 2005. Visivelmente, a Novell teve muito que fazer, com os grandes segmentos declinando mais rapidamente do que as novas categorias menores e mais promissoras cresciam.
Cisco - O rolo compressor continua
Este peso-pesado do setor de rede não precisa se preocupar com equilibrar o novo e o velho. Em 2006, a receita disparou 15%, para 28,4 bilhões de dólares, em grande parte por causa da aquisição, por 6,9 bilhões de dólares, da Scientific Atlanta, empresa na qual está se apoiando para entrar no jogo da distribuição de vídeo.
Os lucros, entretanto, caíram 3%, para 5,6 bilhões de dólares, no ano fiscal de 2006, encerrado em 29 de julho, a primeira queda nos últimos tempos. A empresa culpa, em parte, novas regulamentações que impõem uma maneira diferente de contabilizar os gastos com remuneração baseada em ações.
O ano fiscal da Cisco, encerrado em julho passado, e os trimestres referentes ao calendário de 2006 dão um panorama ainda melhor. A receita aumentou surpreendentes 23%, para 31,8 bilhões de dólares, em comparação ao período de 12 meses precedente, e os lucros aumentaram 14%, para 6,4 bilhões de dólares.
Ainda assim, a Cisco tem-se mostrado bastante dócil ultimamente, uma fera predatória que está quieta tentando digerir sua última grande presa, a Scientific Atlanta, que acrescentou 8 mil funcionários à sua força de trabalho.
Nortel - De volta ao vermelho
A Nortel tem estado ocupada demais tentando se recuperar depois de alguns anos tumultuados. Até que ponto foi ruim? “O ano de 2006 foi o primeiro com fluxo de caixa operacional positivo desde 1998”, afirma a empresa em seu relatório anual. Em 2005, as vendas aumentaram pela primeira vez em cinco anos. Em 2006, a empresa manteve o bom momento, com crescimento de receita de 8%, para 11,4 bilhões de dólares. Este ganho, segundo a empresa, foi impulsionado principalmente por resultados da LG-Nortel, joint venture que a Nortel criou em fins de 2005 com a LG Electronics da Coréia para vender equipamentos de rede empresariais.
Os lucros, porém, ainda estão difíceis, já que a empresa mal saiu do vermelho no ano passado, com lucro líquido de 28 milhões de dólares. Mas, sob a liderança do CEO Mike Zafirovski, que ocupa o cargo há um ano e meio, a Nortel está fazendo apostas significativas. A mais notável é a aliança estratégica de quatro anos com a Microsoft para desenvolver e vender em conjunto produtos de comunicação unificados.
3Com - O pior já passou
A 3Com é outro player de infra-estrutura de rede problemático que está começando a ver uma luz no fim do túnel. A empresa encerrou o ano fiscal de 2006 com boas notícias: “Em 2006, o negócio geral da 3Com cresceu pela primeira vez em sete anos”. A receita aumentou 22%, para 795 milhões de dólares, crescimento que a companhia atribuiu às vendas de produtos de segurança e aos lucros da H3C, joint venture de rede de dados da 3Com com a Huawei Technologies na China.
A 3Com, porém, ainda divulgou um prejuízo de 100 milhões de dólares no ano fiscal de 2006, seu sexto ano consecutivo no vermelho. Ao longo deste período, a empresa gastou 9,5 bilhões de dólares para vender 7,2 bilhões de dólares em bens e serviços, resultando em um prejuízo líquido de 2,3 bilhões de dólares.
Juniper - Mantendo a rota
A Juniper encerrou 2006 com receita de 2,3 bilhões de dólares, um aumento de 9%. Entretanto, a companhia apresentou o prejuízo fenomenal de 997 milhões de dólares no ano ao amortizar bens intangíveis acumulados em seu balanço patrimonial em decorrência da aquisição da fornecedora de segurança NetScreen. Se este evento de única vez não fosse levado em conta, a empresa teria terminado o ano com lucro de 439 milhões de dólares.
No geral, as nove empresas retratadas aqui geraram mais de meio trilhão de dólares de receita em 2006, mais do que o produto interno bruto da Holanda, e 72 bilhões de dólares de lucro.
Fonte: COMPUTERWORLD
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