Em memória de Giordani Rodrigues
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Sexta - 05 de Novembro de 2010 às 17:38

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 O FBI prendeu um californiano de 31 anos acusado de infectar propositadamente o computador de suas vítimas e fazer chantagens de teor sexual - um caso que a ciberpolícia de Los Angeles (Cyber Squad) apelidou de "sextorsão". Ele foi capturado após uma investigação que demorou dois anos.

Diferentemente do comum nesse tipo de golpe, em que um cracker usa um malware (software malicioso) para invadir um micro para roubar dados pessoais e financeiros, o homem usava um trojan para extorquir suas vítimas.

Tal como em um filme de ação, o hacker era capaz de acompanhar cada movimento da vítima, porque controlava a webcam e o microfone do PC infectado. Além disso, também tinha acesso aos arquivos e a tudo o que era digitado na máquina. E usava essas informações para ameaçá-la.

Segundo o FBI, o cracker fez mais de 200 vítimas, muitas adolescentes. Para "ajudar" o criminoso, várias delas jamais desligavam o micro, permitindo que ele gravasse tudo o que faziam no ambiente. 

"O mais assustador nesse caso era o quão facilmente os micros das vítimas eram comprometidos", disse o agente especial Jeff Kirkpatrick, que trabalhou no caso.

Depois que o cracker infectava um micro, ele usava yna rede social para espalhar o vírus. "Era um ataque de engenharia social", disse o agente Tanith Rogers, co-investigador no caso. 

Às vezes, ele se passava por uma amiga ou irmã da vítima e enviava mensagens perguntando se a pessoa queria ver um "vídeo assustador". Como elas pareciam vir de alguém conhecido, a vítima geralmente clicava no anexo. Pronto: o vírus se instalava secretamente e dava ao cracker total controle sobre o PC.

Ao todo, de acordo com o FBI, ele acessou os dados de 230 pessoas, em mais de 130 micros.

"E ele nem é um gênio dos computadores", disse Kirkpatrick. "Qualquer um pode fazer isso apenas com o material disponível online", afirma.

As vítimas - particularmente as adolescentes - ficavam aterrorizadas diante da invasão completa de sua privacidade, e a maioria tinha medo de contar aos pais. "Ele usava o medo para controlá-las", explica Rogers.

Por exemplo, o cracker anexava uma foto pornográfica em um e-mail da vítima e exigia que ela gravasse um vídeo explícito para ele. Caso contrário, diria aos pais que achou aquela imagem no micro controlado.

"Se ele não tivesse tentado contactar as vítimas", disse Rogers, "poderia ter feito isso para sempre, sem que elas suspeitassem estar sendo vigiadas".





Fonte: UOL

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