Em memória de Giordani Rodrigues
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Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 12:40

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 “Se o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está tentando se transformar em um vilão digno dos filmes de James Bond, bem, ele está conseguindo”.

É assim que começa a matéria do Technology Review, site de responsabilidade do MIT (Massachusetts Institute of Technology), famosa universidade e centro de pesquisa dos Estados Unidos. O motivo de tal preâmbulo é o novo datacenter em que o WikiLeaks está hospedado, depois de ter sido alvo de incontáveis ataques de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) enquanto manteve seus dados em provedores americanos.

A nova "casa" do controverso portal fica em Estocolmo, na Suécia, 30 metros abaixo do solo, em um bunker construído durante a Segunda Guerra Mundial. O edifício, de três andares e 1200 metros quadrados, é decorado com um enorme aquário com 2600 litros de água salgada, e usa dois motores antigos de submarinos alemães como geradores de energia em caso de emergência. Uma porta de metal de 50 centímetros de espessura o separa do mundo 

Segundo o CEO da Bahnhof - nome da empresa dona do datacenter - Jon Karlung, os dados que eles protegem requerem a mais alta tecnologia de segurança. O executivo também foi enfático quanto à possibilidade de expulsar o WikiLeaks de seus servidores devido às pressões políticas promovidas por lideranças de diversos países.

“Nós não desapropriamos nossos clientes a não ser que existam sólidas reivindicações legais das autoridades competentes e, como estamos na Suécia, estas teriam de vir das instituições suecas, não das americanas”, disse, em entrevista à emissora alemã Deutsche Welle.

“Onde estamos, não há sinais de que esse material seja ilegal”, afirmou à revista Forbes. “Alguém dizer que não gostaria que mantivéssemos o serviço é insuficiente”.

Não é a primeira vez que Julian Assange recorre à Bahnhof para cuidar de suas informações. Em agosto do ano passado, confidencia Karlung, era lá que os documentos sobre a Guerra do Iraque estavam antes de serem revelados.

Na última semana, o WikiLeaks pediu à comunidade Web para abrir sites espelho, evitando assim que pudesse ser derrubado ou censurado. Resultado: na segunda-feira, 06/12, 507 novos sites já estão no ar, e o número continua crescendo. Além disso, os documentos foram liberados para download via BitTorrent, de modo que os usuários não dependam apenas dos servidores centrais para terem acesso aos segredos.

Confiante de que está fazendo o certo, Assange deu as seguintes declarações ao jornal The Guardian, da Inglaterra, na última sexta-feira (6/12):

“Nós decidimos que o conteúdo deve estar ao alcance de todos. A História irá triunfar. O mundo será elevado a um lugar melhor”.

 





Fonte: IDG NOW

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