Fundador do WikiLeaks diz que gosta de incomodar os bancos
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, diz que se diverte ao incomodar os bancos, que pensam que podem ser os próximos alvos de seu site, depois da publicação de segredos militares e diplomáticos dos Estados Unidos.
"Acho ótimo. Os bancos ficam incomodados, achando que serão os próximos", disse Assange em entrevista ao programa de TV norte-americano "60 Minutes".
As ações do Bank of America caíram em mais de três por cento em 30 de novembro devido ao temor dos investidores quanto à possibilidade de que o maior banco norte-americano em volume de ativos fosse tema de divulgação de documentos vazados.
Steve Kroft, jornalista do "60 Minutes", perguntou se Assange havia adquirido um disco rígido contendo cinco gigabytes de dados de um dos executivos do banco, como Assange havia alegado anteriormente.
"Não comentarei com respeito ao que está para ser publicado", disse Assange, que está passando por uma forma modificada de detenção domiciliar na Inglaterra, esperando uma audiência quanto a um pedido de extradição apresentado pela Suécia, cujas autoridades desejam interrogá-lo a respeitos de supostos delitos sexuais, que ele nega.
Assange havia dito à revista Forbes que o WikiLeaks planejava uma "megavazamento" que envolveria a divulgação de dezenas de milhares de documentos internos de um grande banco norte-americano, no começo de 2011, e que antecipava que as revelações levassem a uma investigação do banco.
Em outubro de 2009, Assange disse em entrevista a Computerworld que o WikiLeaks havia obtido cinco gigabytes de dados armazenados em um disco rígido pertencente a um executivo do Bank of America.
A entrevista à Forbes aconteceu pouco antes que o site divulgasse 250 mil cabogramas diplomáticos do governo dos Estados Unidos. Antes, o WikiLeaks já havia publicado cerca de 500 mil arquivos sigilosos norte-americanos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão.
Alguns dos cabos resultaram em manchetes, como a revelação de que os líderes sauditas haviam instado por ação militar dos Estados Unidos contra o Irã, e informações sobre os contatos detalhados entre diplomatas norte-americanos e dissidentes políticos e líderes oposicionistas de alguns países.
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