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Sexta - 30 de Novembro de 2012 às 08:28

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Dois grupos de direitos digitais pediram ao Facebook que o site detenha as mudanças em seu regimento e políticas de uso de dados, alertando que as modificações podem aumentar os riscos de privacidade.

A rede social de Mark Zuckerberg informou que não mais permitiria que os usuários votassem sobre as mudanças políticas propostas. O site também mudou sua Política de Uso de Dados, permitindo que terceiros acessem dados de usuários, e modificou uma configuração que permite aos usuários controlar os tipos de mensagens que recebem por e-mail.

O Centro de Privacidade para Informações Eletrônicas (EPIC) e o Centro para Democracia Digital (CDD) pediram ao Facebook que retirasse as mudanças, argumentando que os usuários têm o direito de controlar as suas informações pessoais e participar das políticas do Facebook.

"Porque essas alterações propostas aumentam os riscos de privacidade para os usuários, podem ser contrárias à lei e violar seus compromissos anteriores sobre o regimento do site, pedimos que você retire as mudanças propostas", as organizações escreveram em uma carta conjunta dirigida ao CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.

A rede social anteriormente permitia que os usuários votassem em propostas sobre mudanças para o regimento do site caso 7 mil usuários contribuissem com comentários "relevantes". As políticas votadas subsequentes seriam consideradas se mais de 30% de todos os usuários ativos registrados votassem.

Mas a empresa disse que o sistema "incentivava a quantidade de comentários em detrimento da qualidade", e que queria um sistema com feedback mais significativo.

O Facebook também planeja mudar sua Política de Uso de Dados, que permitiria ao site compartilhar informações dos usuários com outras companhias parceiras da rede social. O EPIC e o CDD escreveram que a mudança permitiria ao Facebook combinar informações de usuários do Instagram e "livremente compartilhar dados de usuários entre os dois sites".

Consentimento expresso

Os grupos alertaram a decisão da rede à Comissão de Comércio Federal (FTC) dos EUA, que determinou ao site divulgar claramente o compartilhamento de dados e conseguir o "consentimento expresso afirmativo de seus usuários".

A página finalizou o acordo com a FTC em agosto, depois que a agência acusou o site de repetidamente compartilhar informações que os usuários acreditavam ser mantidas privadas. Sob os termos do acordo, o Facebook não admitiu culpa, mas concordou em obter o consentimento dos usuários antes de compartilhar suas informações para além das suas configurações de privacidade estabelecidas.

Por fim, o EPIC e o CDD disseram que a terceira mudança do Facebook em suas configurações de mensagens provavelmente aumentariam a incidência de spam. A mudança permite que qualquer pessoa que fora adicionada a uma mensagem pudesse respondê-la - o que os grupos afirmam remover a capacidade do usuário de evitar que estranhos enviem mensagens indesejadas para os seus endereços reais de e-mail disponíveis no sistema de mensagens do Facebook.




Fonte: IDGNOW

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