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Ataques de vírus evidenciam falhas da Microsoft
Os ataques de vírus, como o MsBlast, o Sobig e o Nachi, tornaram a navegação pela Internet ainda mais difícil e colocaram em evidência, mais uma vez, as numerosas falhas na segurança dos programas da Microsoft.Nunca antes os ataques de vírus foram tão intensos como no ano de 2003, principalmente em agosto e setembro, quando uma avalanche de maliciosos software transformou a navegação pela Rede numa aventura e transtornou os sistemas de várias empresas e instituições.
Primeiro foi o MSBlast - também chamado de Blaster ou LoveSan -, um vírus que se aproveita de um "buraco" nos softwares Windows XP e Windows 2000, da Microsoft. O MSBlast causou grande preocupação, pois estava programado para atacar o site da Microsoft, de onde os usuários podem baixar os "remendos" de segurança para os programas da companhia.
No entanto, foi muito barulho por quase nada, já que bastou acabar com o site, recolocando seu conteúdo em outro lugar e evitando o que se tinha antecipado como uma catástrofe. O MSBlast, que infectou mais de meio milhão de computadores em todo o mundo, segundo a companhia de segurança informática Symantec, incluía duas mensagens em sua programação que chamaram a atenção dos especialistas: "Bill Gates, por que permite que isto aconteça? Deixe de ganhar dinheiro e corrija seus programas" e "Só quero dizer que te amo, San".
Quando o MSBlast ainda aprontava, começou a propagar-se de maneira alarmante a versão Sobig.F, um vírus que, segundo os especialistas, foi criado para facilitar os propagadores de lixo eletrônico, os chamados "spammers", ao utilizar os computadores de suas vítimas para enviar "spam" (mensagens não solicitadas) anonimamente.
Depois do Sobig.F, chegou o Nachi - também chamado W32Welchia -, outro vírus que atacou as redes informáticas de corporações, entre elas o gigante aeronáutico Lockheed Martin e a companhia Air Canada. Os três vírus causaram um caos tão grande no final do verão do hemisfério norte (inverno no hemisfério sul), que alguns meios de comunicação os relacionaram inicialmente aos blecautes na costa leste dos Estados Unidos e do Canadá.
Embora essas informações tenham sido desmentidas posteriormente, a verdade é que os vírus causaram transtornos num bom número de instituições e empresas, como o Escritório de Veículos Motorizados do estado de Maryland, que teve que fechar seus escritórios durante um dia inteiro; a rede informática da Prefeitura da Filadélfia e vários departamentos da Universidade de Stanford, em Palo Alto (Califórnia).
Segundo a revista Business Week, esses e outros vírus de menor alcance causaram um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões a usuários individuais e a empresas, que tiveram de gastar com proteção de suas redes.
Um dos principais afetados, pelo menos no que se refere à publicidade negativa, foi a Microsoft, que decidiu tomar as rédeas da situação, vestindo o uniforme de polícia e oferecendo recompensas de até US$ 250 mil para quem ajudasse a empresa a capturar os autores dos vírus. Com essa volta ao velho-oeste na era cibernética, a Microsoft acreditou que teria mais sucesso que as autoridades americanas.
O departamento o FBI (polícia federal americana) encarregado de proteger o ciberespaço anunciou com alarde a captura do suposto autor do vírus Blaster. No entanto, segundo soube-se posteriormente, o suposto criminoso era um adolescente de 18 anos, que havia projetado a versão B. do vírus, quase tão insignificante quando comparado com seu "irmão mais velho".
A Microsoft também estabeleceu uma nova iniciativa de segurança, chamada "Trustworthy Computing", que entre outras coisas inclui um programa de avisos mensais, com os quais a companhia anuncia os novos "remendos" para melhorar a segurança de seus produtos.
A gigante da informática reconheceu no início de dezembro que, apesar de tudo, os criadores de vírus estão ganhando a batalha. "Até agora estão conseguindo o que querem. Estão ganhando por uma margem considerável. Poucos foram identificados, levados a julgamento e punidos", disse David Finn, executivo da Microsoft.
Especialistas em informática, como Alfred Huger, da Symantec, observam com preocupação como a margem de tempo entre a descoberta de um erro na programação do sistema operacional e o surgimento de um vírus que se aproveita do buraco está diminuindo drasticamente. Tudo isso parece indicar que, apesar das recompensas e demais medidas para atenuar sua ação, a temporada dos vírus continuará bem, passado o ano de 2003.
Fonte: ABN - Agência Brasileira de Notícias
Primeiro foi o MSBlast - também chamado de Blaster ou LoveSan -, um vírus que se aproveita de um "buraco" nos softwares Windows XP e Windows 2000, da Microsoft. O MSBlast causou grande preocupação, pois estava programado para atacar o site da Microsoft, de onde os usuários podem baixar os "remendos" de segurança para os programas da companhia.
No entanto, foi muito barulho por quase nada, já que bastou acabar com o site, recolocando seu conteúdo em outro lugar e evitando o que se tinha antecipado como uma catástrofe. O MSBlast, que infectou mais de meio milhão de computadores em todo o mundo, segundo a companhia de segurança informática Symantec, incluía duas mensagens em sua programação que chamaram a atenção dos especialistas: "Bill Gates, por que permite que isto aconteça? Deixe de ganhar dinheiro e corrija seus programas" e "Só quero dizer que te amo, San".
Quando o MSBlast ainda aprontava, começou a propagar-se de maneira alarmante a versão Sobig.F, um vírus que, segundo os especialistas, foi criado para facilitar os propagadores de lixo eletrônico, os chamados "spammers", ao utilizar os computadores de suas vítimas para enviar "spam" (mensagens não solicitadas) anonimamente.
Depois do Sobig.F, chegou o Nachi - também chamado W32Welchia -, outro vírus que atacou as redes informáticas de corporações, entre elas o gigante aeronáutico Lockheed Martin e a companhia Air Canada. Os três vírus causaram um caos tão grande no final do verão do hemisfério norte (inverno no hemisfério sul), que alguns meios de comunicação os relacionaram inicialmente aos blecautes na costa leste dos Estados Unidos e do Canadá.
Embora essas informações tenham sido desmentidas posteriormente, a verdade é que os vírus causaram transtornos num bom número de instituições e empresas, como o Escritório de Veículos Motorizados do estado de Maryland, que teve que fechar seus escritórios durante um dia inteiro; a rede informática da Prefeitura da Filadélfia e vários departamentos da Universidade de Stanford, em Palo Alto (Califórnia).
Segundo a revista Business Week, esses e outros vírus de menor alcance causaram um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões a usuários individuais e a empresas, que tiveram de gastar com proteção de suas redes.
Um dos principais afetados, pelo menos no que se refere à publicidade negativa, foi a Microsoft, que decidiu tomar as rédeas da situação, vestindo o uniforme de polícia e oferecendo recompensas de até US$ 250 mil para quem ajudasse a empresa a capturar os autores dos vírus. Com essa volta ao velho-oeste na era cibernética, a Microsoft acreditou que teria mais sucesso que as autoridades americanas.
O departamento o FBI (polícia federal americana) encarregado de proteger o ciberespaço anunciou com alarde a captura do suposto autor do vírus Blaster. No entanto, segundo soube-se posteriormente, o suposto criminoso era um adolescente de 18 anos, que havia projetado a versão B. do vírus, quase tão insignificante quando comparado com seu "irmão mais velho".
A Microsoft também estabeleceu uma nova iniciativa de segurança, chamada "Trustworthy Computing", que entre outras coisas inclui um programa de avisos mensais, com os quais a companhia anuncia os novos "remendos" para melhorar a segurança de seus produtos.
A gigante da informática reconheceu no início de dezembro que, apesar de tudo, os criadores de vírus estão ganhando a batalha. "Até agora estão conseguindo o que querem. Estão ganhando por uma margem considerável. Poucos foram identificados, levados a julgamento e punidos", disse David Finn, executivo da Microsoft.
Especialistas em informática, como Alfred Huger, da Symantec, observam com preocupação como a margem de tempo entre a descoberta de um erro na programação do sistema operacional e o surgimento de um vírus que se aproveita do buraco está diminuindo drasticamente. Tudo isso parece indicar que, apesar das recompensas e demais medidas para atenuar sua ação, a temporada dos vírus continuará bem, passado o ano de 2003.
Fonte: ABN - Agência Brasileira de Notícias
URL Fonte: https://infoguerra.com.br/noticia/322/visualizar/
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