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Segurança
Quinta - 22 de Janeiro de 2004 às 21:36
Por: Cr0n0s

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As empresas de tecnologia biométrica estão de olho no filão do mercado de segurança nos aeroportos brasileiros. A Polícia Federal está preparando o processo de licitação para que as empresas possam apresentar as novas soluções. Brasileira Griaule é uma das doze empresas que dominam tecnologia.

No mundo, existem apenas 12 empresas que dominam a tecnologia do Sistema Automatizado de Impressões Digitais (Afis). Apenas uma, a Griaule, de Campinas, tem uma solução de software genuinamente nacional. O capital da Griaule é 100% brasileiro.

A opção provisória da Polícia Federal, para fazer a identificação dos turistas dos Estados Unidos nos aeroportos brasileiros, porém, foi por uma tecnologia franco-alemã. De acordo com a assessoria da Siemens - uma das empresas interessadas na licitação -, essa tecnologia foi uma decisão emergencial para contornar o polêmico cadastramento dos cidadãos norte-americanos. O equipamento franco-alemão - que custou R$ 100 milhões - teria sido trazido para auxiliar o trabalho da Polícia no cadastramento de marginais.

Segundo levantamento da International Biometric Group, as soluções em identificação eletrônica por meio de impressão digital possuem 52,1% do mercado de biometria. "Há um grande movimento para a implantação desse sistema em órgãos de segurança públicos, aeroportos, e instituições financeiras", afirma Raquel Lisboa, diretora da Griaule.

Os Afis normalmente são compostos de um leitor digital que captura a imagem, uma câmara fotográfica e um banco para armazenamento de dados. "O diferencial nosso é que a otimização do software da Griaule tem como base e fonte de pesquisa a realidade brasileira que requer um sistema voltado para o cadastro, por impressão digital, de toda a população. Fora do Brasil, por uma questão cultural, esse tipo de cadastramento é feito apenas para fins criminais", diz.

Além da robustez, a solução completa - digitalização, compressão de imagem, verificação de qualidade de impressão digital e arquivo - custa 1/3 do preço do modelo estrangeiro.

Para André Fleury, gerente de consultoria da Unisys - que leva adiante um projeto que abrange mais de 430 aeroportos nos Estados Unidos - uma implantação eficiente do sistema de segurança, no Brasil, precisaria passar também por uma fase anterior de cadastramento. "Os problemas vão desde a não-padronização do passaporte por leitura ótica, até o processo de controle de identificação", diz Fleury.

Segundo José Henrique Rocha Nascimento, gerente de Produto e Tecnologia da Siemens, durante um bom tempo o uso comercial da biometria digital era inviável. Não somente pela grande quantidade de informação a ser armazenada, mas, também, devido ao tempo de leitura e ao alto índice de erro de cada leitura. Os algoritmos tornaram o uso da biométrica digital acessível para os diversos sistemas a que podem ser interligados.

Segundo ele, a miniaturização da eletrônica vem possibilitando um maior leque de aplicações da tecnologia. "Podemos ter sensores de digital incorporados aos mais diversos dispositivos", diz.

O sistema de biometria digital está encontrando espaço em órgãos públicos, como na Secretaria Municipal da Fazenda do Rio de Janeiro e no Supremo Tribunal Federal. Nos dois casos, a Novell foi responsável pela implantação. De acordo com a maioria das empresas do setor, além de órgão públicos, a solução também é ideal para controle de acesso em presídios, hospitais e empresas privadas.

A Unisys vai instalar uma infra-estrutura de segurança que gerencia a entrada e a saída de passageiros em quatro aeroportos do Chile. Integrada ao banco de dados da polícia federal chilena - que também dispõe de informações da Interpol -, a solução inclui tecnologias de reconhecimento facial e de impressão digital, que permitem identificar documentos falsificados, adulterados e pessoas suspeitas em tempo real.

O projeto instalado - avaliado em US$ 2,2 milhões - atingirá, além dos aeroportos, os 60 postos de fronteira espalhados pelos Andes, regiões Norte e Sul do país e portos marítimos. "A vantagem do sistema casado é que diminui a margem de erro, e no caso da aplicação da biometria facial, o processo de fiscalização fica menos constrangedor", afirma Fleury.





Fonte: Terra

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