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Quarta - 18 de Fevereiro de 2004 às 20:03
Por: Spy_Pc

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Sinais de luz podem ser a salvação para a Lei de Moore. A novidade foi revelada ontem (16/02) do Intel Developer Forum (IDF). Como é praxe no evento, o primeiro dia serve para divulgar projetos em andamento da divisão de pesquisa e desenvolvimento e seu possível impacto no mercado de tecnologia da informação a médio e longo prazo.

A primeira apresentação foi introduzida por Kevin Khan, diretor do laboratório de tecnologias de comunicação da Intel. Ele anunciou o desenvolvimento de um modulador óptico baseado em silício capaz de gerar larguras de banda de até 1 Gigahertz (GHz). Esse trabalho promissor pode levar ao desenvolvimento de chips de computador extremamente velozes, onde os dados trafegariam não mais por sinais elétricos e sim por sinais de luz.

Segundo Khan, a idéia de transmitir dados por sinais de luz em si não é nova mas é muito cara, o que limita o seu uso a certos tipos de aplicações como telefonia e telecomunicações. Entretanto, se essa tecnologia puder ser adaptada para funcionar em estruturas baseadas em silício, isso permitirá a produção pelo mesmo processo de fabricação de chips. Como resultado, haveria a redução de custo e o produto pode até chegar a eletrônicos de consumo.

Em termos simples, um modulador óptico é um componente básico que transforma um feixe constante de luz em pulsos que podem ser interpretados como um código binário, ou seja, capazes de transmitir informações de um lado para outro.

A grande novidade do anúncio de ontem é que o recorde anterior para um modulador baseado em silício estava em torno de 20 megahertz (MHz), sendo que o novo recorde representa um ganho de 50 vezes, permitindo taxas de transmissão de até 50 Gigabits por segundo (Gbps) independente da distância, seja de um chip para outro, seja de uma cidade para outra.

Segundo Pat Gelsinger, CTO da Intel, os moduladores baseados em silício não significam apenas baratear as atuais aplicações, e sim expandir o conceito da fotoeletrônica para novos campos, como a computação pessoal - cada dia mais sedenta por larguras de banda maiores - e a capacidade de processar tamanha carga de informação. Esse é o caso do conceito da casa digital (Digital Home), assunto em amplo debate durante essa edição do IDF.

Khan afirma que, ao contrário de outras tecnologias que beiram o exoterismo como os biochips ou mesmo a computação quântica, os chips ópticos são uma alternativa viável que ajudará a ampliar a lei de Moore por mais alguns anos.





Fonte: IDG Now!

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