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MS tentou vetar citação a software livre em Túnis
A Microsoft tentou retirar referências sobre software livre de um documento aprovado na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, realizada na Tunísia, duas semanas atrás, revelou uma conversa publicada em um blog na internet.
Semanas antes do fórum, o governo austríaco convidou muitas empresas e organizações para participar de uma conferência destinada à elaboração de um rascunho sobre as conclusões do país a respeito de assuntos como inclusão digital e políticas públicas relacionadas à informatização, a chamada Conferência de Viena.
O rascunho original continha uma referência ao software livre, mas a versão final, não, depois da solicitação da subsidiária austríaca da Microsoft. "Nós apresentamos nossa posição em público, e não fizemos nada a portas fechadas", declarou Thomas Lutz, relações públicas da gigante de software na Áustria.
De acordo com Lutz, a Microsoft estava insatisfeita com a versão original que trazia o trecho: "cada vez mais, a receita é gerada não pela venda de conteúdo e trabalhos digitais, já que eles podem ser livremente distribuídos praticamente sem custo nenhum. O sucesso do modelo de software livre é um exemplo".
Em um blog sobre as conclusões da Conferência de Viena, Lutz escreveu que a intenção do software livre é não é permitir um modelo de negócios mais saudável, mas tornar impossível a geração de receitas de software como produto comercial. A Microsoft não enxerga esse modelo "nem como viável ou desejável para o futuro da economia na Europa". Com isso, o documento apresentado em Túnis omitiu a referência ao software livre.
No entanto, apesar dos esforços na Áustria, a Microsoft não conseguiu impedir a citação aos benefícios do software livre no documento final redigido pelos países participantes da Cúpula. "Nossa convicção é que os governos, setor privado, sociedade civil, comunidades científicas e acadêmicas e usuários podem utilizar várias tecnologias e modelos de licenciamento, incluindo aqueles desenvolvidos sob modelos proprietários e também aqueles sob padrões abertos, de acordo com seus interesses e com aquilo que necessitam em termos de serviços confiáveis para implementar programas efeitos para a população".
A comunidade de software livre, no entanto, não ficou satisfeita com o documento final. De acordo com Richard Stallman, fundador da Fundação para Software Livre e o projeto GNU, o documento foi "neutro". "Não ganhamos nada, mas também não perdemos", disse.
Fonte:COMPUTERWORLD
Semanas antes do fórum, o governo austríaco convidou muitas empresas e organizações para participar de uma conferência destinada à elaboração de um rascunho sobre as conclusões do país a respeito de assuntos como inclusão digital e políticas públicas relacionadas à informatização, a chamada Conferência de Viena.
O rascunho original continha uma referência ao software livre, mas a versão final, não, depois da solicitação da subsidiária austríaca da Microsoft. "Nós apresentamos nossa posição em público, e não fizemos nada a portas fechadas", declarou Thomas Lutz, relações públicas da gigante de software na Áustria.
De acordo com Lutz, a Microsoft estava insatisfeita com a versão original que trazia o trecho: "cada vez mais, a receita é gerada não pela venda de conteúdo e trabalhos digitais, já que eles podem ser livremente distribuídos praticamente sem custo nenhum. O sucesso do modelo de software livre é um exemplo".
Em um blog sobre as conclusões da Conferência de Viena, Lutz escreveu que a intenção do software livre é não é permitir um modelo de negócios mais saudável, mas tornar impossível a geração de receitas de software como produto comercial. A Microsoft não enxerga esse modelo "nem como viável ou desejável para o futuro da economia na Europa". Com isso, o documento apresentado em Túnis omitiu a referência ao software livre.
No entanto, apesar dos esforços na Áustria, a Microsoft não conseguiu impedir a citação aos benefícios do software livre no documento final redigido pelos países participantes da Cúpula. "Nossa convicção é que os governos, setor privado, sociedade civil, comunidades científicas e acadêmicas e usuários podem utilizar várias tecnologias e modelos de licenciamento, incluindo aqueles desenvolvidos sob modelos proprietários e também aqueles sob padrões abertos, de acordo com seus interesses e com aquilo que necessitam em termos de serviços confiáveis para implementar programas efeitos para a população".
A comunidade de software livre, no entanto, não ficou satisfeita com o documento final. De acordo com Richard Stallman, fundador da Fundação para Software Livre e o projeto GNU, o documento foi "neutro". "Não ganhamos nada, mas também não perdemos", disse.
Fonte:COMPUTERWORLD
URL Fonte: https://infoguerra.com.br/noticia/921/visualizar/
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