Argentina pode ser líder em software, diz Microsoft

A Argentina, que dispõe de uma das forças de trabalho com melhor nível de educação na América Latina, pode se tornar um dos principais exportadores de software da região, afirmou um importante executivo da Microsoft. Esperando atrair produtoras de software para a Argentina, o governo recentemente aprovou uma lei, que entra em vigor este ano, oferecendo incentivos fiscais para as empresas de tecnologia.

A lei ajudou a atrair promessas de novos investimentos de companhias como Intel e Microsoft, que esta semana anunciara planos de investir US$ 60 milhões no prazo de três anos em desenvolvimento de software na Argentina. "Acreditamos que a Argentina possa se tornar um importante centro de desenvolvimento de software na América Latina e no mundo de língua hispânica, devido à qualidade de seus recursos", disse Gustavo Ripoll, gerente geral da Microsoft na Argentina, à Reuters.

"Trata-se de um país cuja infra-estrutura é muito melhor do que a da Índia quando esta começou seu processo de modernização", continuou ele, durante seminário de negócios realizado em Mar del Plata.

As vendas do setor de software argentino atingiram US$ 1,34 milhão em 2005, de acordo com a Cessi, importante associação de empresas de software. Muitos analistas acreditam que esse total possa crescer até 19%.

Em 2004, o setor contratou mais de 6 mil funcionários novos, elevando a 32 mil o total de trabalhadores do setor, segundo a Cessi. Os executivos de empresas de software elogiaram a força de trabalho com alto nível de educação da Argentina, as modernas telecomunicações e infra-estrutura rodoviária do país, que consideram favoráveis para fazer deste um potencial líder do setor de software.

Cerca de 97% dos argentinos com mais de 15 anos são alfabetizados, um dos índices mais elevados da América Latina, de acordo com estatísticas das Nações Unidas.