Em memória de Giordani Rodrigues

Publicado em Quinta - 21 de Junho de 2007

Hackers e Cia Hacker pode ter revelado fim de Harry Potter

RIO DE JANEIRO (Da Redação Click21), 21 de junho – Um hacker pode ter revelado o fim da saga do bruxinho Harry Potter.
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Gerais Panda Software descobre um nova versão da ferramenta maliciosa MPack

Publicado em Quinta - 21 de Junho de 2007 | por Melcastro

Uma nova versão da ferramenta foi detectada e pode ser adquirida na Internet por mil dólares

Segundo dados do Pandalabs, mais de 350.
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Gerais Será que a Apple vai ter sucesso no mercado de browsers?

Publicado em Quinta - 21 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

Em vez de engalfinhar-se com outras companhias de hardware e software no mercado, a estratégia da Apple está em criar a sua arena para, então, dominá-la.

Quando toda a indústria participava do que era então chamado de mercado “compatível IBM”, com hardware clone rodando DOS, OS/2, Windows e, depois, Linux, a Apple não quis brincar. Em lugar disso, a companhia sempre construiu seus próprios computadores que rodavam seus próprios sistemas operacionais.

A situação é parecida com o iPod. O mercado de tocadores portáteis é uma casa que a Apple construiu. A empresa possui a plataforma iTunes e controla em grande parte a distribuição de música digital. Steve Jobs é o homem mais poderoso em Hollywood e ele nem vive por lá.

A Apple não compete diretamente com ninguém neste mercado por que, assim como no setor de Macintosh, a Apple criou a plataforma de gerenciamento de arquivos de música digital (iTunes), o mercado de conteúdo (distribuição dos arquivos através do iTunes) e os padrões; a Apple não está deixando mais ninguém brincar nesse área.

Com o iPhone, a Apple está novamente se recusando a competir diretamente no mercado de telefonia celular. Enquanto alguns fornecedores deste setor competem diretamente no setor com Windows Mobile e Symbian, entre outros, companhias como a Research In Motion (RIM), Palm e, em pouco tempo, a Apple estarão brincando nas suas próprias caixas de brinquedos. O controle da sua própria plataforma provou a RIM e a Palm ser a melhor política e também terá sucesso para a Apple.

A Apple está, novamente, criando a sua própria categoria – chamaremos de celulares baseados em Mac OS – e garanto que a Apple vai registrar 100% de participação neste mercado.

Só consigo ver um exemplo de competição da Apple diretamente: o mercado de software de tocadores de mídia.

A versão para Windows do QuickTime enfrenta diretamente a solução Windows Media Player, o RealPlayer e outros. Ainda que o QuickTime se sustente, a Apple não domina este mercado.

Então, por que tenho uma desconfiança sobre o desempenho do Safari no Windows? Com este anúncio, Jobs fez um movimento que foge das características da empresa e entrou em um mercado maduro que não foi criado ou que é controlado pela Apple.

Horas depois do anúncio de Jobs do Safari rodando em Windows (e apesar do slogan da Apple que o Safari foi desenhado para “ser seguro desde o primeiro dia”) diversos especialistas em segurança publicaram informações sobre falhas no novo navegador. Blogs e fóruns de mensagens postaram largamente sobre as notícias e o escárnio foi pesado sobre a Apple e o Safari.

É uma versão beta e falhas são esperadas. Boa parte delas, inclusive, foram corrigidas pela Apple três dias após a divulgação. Ainda que os fãs da Apple tenham partido para a contra-artilharia, é melhor eles se acostumarem com isso.

Enquanto os especialistas de segurança estão pressionando a Apple pelas falhas no beta, partidários do PC começaram a questionar a possibilidade de atuação da empresa em um ambiente tão heterogêneo e contrario a um Mac. A Apple pode esperar muito mais disso no futuro. Por quê? Simplesmente pelo Safari para Windows não é suficientemente Windows.

Existem confrontos nos processos de definição de tamanho das janelas dos dois programas. As fontes de Windows parecem manchas e sempre em negrito, o tempo todo. Os menus são difíceis de ler. O Safari utiliza a sua própria e inalterada combinação de teclas para ações como trocar as tabs. A lista continua por diversos tópicos.

Quando a Apple exporta a sua interface “superior” para o contexto do Windows, local no qual todos estão confortáveis com o estilo Microsoft, coisas ruins acontecem.

Os usuários Windows são forçados a usar o iTunes se querem que seu iPod toque e, claro, eles o fazem. Mas é doloroso, consome muito tempo e trata-se de uma experiência irritante para diversos usuários que estão acostumados com as convenções padronizadas pelo Windows para botões, a barra de ferramentas e o menu, além das funcionalidades.

A Apple consegue sobreviver com o estilo “está conosco ou está contra nós” com o QuickTime, pois os controles além dos tradicionais “Play”, “Pause”, “Stop”, e “Fast-forward”, etc., são descenessários.

Mas em um browser, a Apple vai precisar fazer coisas no estilo do Windows ou será comida viva. Mesmo com o Internet Explorer dominando o setor em presença de mercado, o real adversário da Apple é o Firefox, que os usuários mais ativos e avançados amam e que, no final, é o navegador maior que não está junto com o Windows. A maior parte das pessoas que estão tendendo a instalar um segundo navegador ou substituir o que o Windows traz, já o fizeram. E instalaram o Firefox.

Os fãs do Firefox são menores em número se comparados com usuários do Internet Explorer, mas eles são apaixonados, entusiásticos e têm voz. São eles que a Apple vai encontrar no mercado de navegadores em Windows, e eles vão estar com as espadas e escudos em mãos.

A Mozilla já trabalha fora da maneira da Microsoft por fazer o Firefox quase que completamente compatível a uma World Wide Web desenhada para trabalhar com IE. Em vez de brigar e resistir ao domínio do IE, eles usaram a estrutura e até melhoraram.

A Apple vai seguir essa fórmula de vitória? A versão beta sugere que não. A Apple precisa se aproximar da interface do Windows com humildade – commodity raro na Apple – e também fazer as coisas no estilo da Microsoft. Ou pagar o preço em presença de mercado.

Por que escolher essa briga agora?

Alguns analistas estão sugerindo, e eu tendo a concordar, que o principal motivo para entrar no segmento de navegadores tão tardiamente tem mais relação com o iPhone e pouquíssima com os browsers.

Jobs anunciou que o iPhone vai suportar aplicações de terceiros desde que baseadas no browser. E adivinha qual navegador roda no iPhone? Sem dúvidas, a Apple quer dar incentivo adicional para desenvolvedores de software construírem sites e aplicações que suportam Safári.

Vê como a Apple “pensa diferente” sobre estes assuntos?

Em vez de fornecer aos usuários do iPhone o universo existente de aplicações otimizadas para IE e falando para os desenvolvedores de aplicações do iPhone criando programas compatíveis universalmente que também rodam no aparelho, a Apple sente que não precisa construir novamente e controlar um novo, proprietário, campo de atuação.

Este é o problema com o plano da Apple: Para controlar a experiência do usuário em aplicações de terceiros no iPhone, a Apple precisa controlar uma plataforma de navegação quase proprietária. Para levar desenvolvedores a criar para o navegador, precisa do poder de ter presença de mercado. Para ganhar presença de mercado, a Apple precisa de compatibilidade com o Windows e aceitação do usuário do Windows.

E – este é o ponto onde a lógica falha – para conseguir amealhar uma massa crítica de usuários de Windows, o Safari precisa abarcar os padrões webs existentes, as convenções de interface de usuário e de funcionalidade.

O iPhone vai ter um bom desempenho no mercado e diversas aplicações interessantes serão escritas para o Safari-no-iPhone. Mas acredito que o Safari vai ser destruído no mercado de navegadores Windows.

A Apple pode acreditar que pode entrar e dominar, pelo menos, o mercado “alternativo” de navegadores, como fez com o espaço de tocadores de mídias. Mas é outro mundo completamente diferente e distante do que a Apple está acostumada. A competição direta em um mercado que não é controlado por ela não é algo que a Apple faça.

O Safari no Windows vai fracassar.

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Windows Microsoft não permite virtualização do Vista na Mac

Publicado em Quinta - 21 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

A Microsoft voltou atrás na decisão de permitir a virtualização do Windows Vista Home e do Home Premium na plataforma Mac. A atitude é contrária aos planos anunciados pela empresa no início da semana.

“A Microsoft reavaliou a política de virtualização do Windows e decidiu que irá manter a original anunciada no último outono”, declarou um porta-voz da Microsoft.

Contudo, esta é a posição oposta à da Microsoft no início da semana. A empresa revelou ao Macworld que junto ao feedback dos clientes à virtualização, eles mudariam o Acordo de Licenciamento do Usuário Final (da sigla em inglês EULA) para permitir a virtualização dos produtos de entrada do Vista.

Os usuários que utilizavam as edições Home e Home Premium na plataforma Mac precisarão adquirir o Vista Business, Ultimate ou Enterprise para cumprir o acordo de licenciamento.
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Gerais Microsoft diz corrigir falhas mais rápido que concorrentes

Publicado em Quinta - 21 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

Jeff Jones, diretor estratégico da Microsoft, afirmou recentemente em seu blog na CSO que a Microsoft responde às falhas no sistema operacional com muito mais velocidade que os concorrentes.

Segundo o post, pela análise dos DoR’s (Days of Risk, dias de risco) - dias entre a descoberta da falha e a publicação de uma correção - pode ser estabelecido um cálculo revelando que o maior tempo de DoR para a Microsoft, incluindo Windows XP, 2000 e Server 2003, foi de 26 dias. Muito melhor que o dos concorrentes como Mac OS X com 48 dias, SuSE Linux Enterprise"s 74, Red Hat Enterprise Linux"s 107 e Sun Solaris com 168.

Isso mostra que a Microsoft é 156% mais rápida que a Apple para distribuir patches, 255% mais rápida que a Novell e 579% que a Sun.

Alfred Huger, vice-presidente de engenharia do Symantec Security Response Group, afirma que os números de Jones são responsáveis. Contudo, muitos leitores do blog têm dúvidas em relação aos números levantados. Mesmo que as informações sejam um guia, nem todos vão considerar a opinião de Jones.

Em março, o executivo levantou outros dados em relação às correções, mostrando que o Windows Vista merecia um A+ em segurança. Leitores zombaram da informação.

Huger afirma que todos estão perdendo o foco, inclusive Jones. “Mesmo um DoR de 21 ou 20 dias não é o suficiente”. Segundo o especialista, ninguém leva “estrelas douradas” nesse assunto, todos têm de trabalhar muito mais.
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Segurança FBI detecta um milhão de PCs 'zumbis' nos EUA

Publicado em Quarta - 20 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

O FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) está entrando em contato com mais de um milhão de donos de computadores que tiveram seus computadores invadidos por criminosos. A iniciativa é parte de uma investigação que já detectou mais de um milhão de vítimas que tiveram seus computadores usados por criminosos nas chamadas botnets.

Botnets são redes formadas por diversos computadores com um programa chamado bot (ou zumbi), projetado para procurar informações pela Internet com pouca intervenção humana. Estes computadores ligados a redes botnets podem estar sendo usados - sem o conhecimento de seus donos - para atividades como envio de spam ou esquemas de fraudes.

O FBI descobriu redes destes computadores zumbis sendo usadas para espalhar spam, roubar identidades e atacar páginas na Internet.

A agência está trabalhando com vários parceiros da indústria de tecnologia americana para avisar os donos destes computadores e, por este processo, o FBI afirma que poderá descobrir mais incidentes nos quais botnets foram usados para facilitar outras atividades criminais.

Segundo a agência, estas redes de bots ou zumbis são uma crescente ameaça à segurança nacional, à infra-estrutura nacional de informação e à economia.

Hábitos de segurança
Segundo o diretor-assistente da Divisão Cibernética do FBI, James Finch, a maioria das vítimas não sabe que seus computadores forem comprometidos ou sua informação pessoal está sendo explorada.

Um criminoso assume o controle infectando o computador com um vírus ou outros códigos maliciosos e o computador continua operando normalmente. Cidadãos podem se proteger de botnets e esquemas associados com hábitos fortes de segurança para reduzir o risco de comprometimento de seu computador, disse.

Muitas pessoas acabam vítimas destas práticas abrindo um arquivo anexado em um e-mail, que contenha um vírus. Ou até mesmo visitando uma página na Internet com armadilhas.

Os responsáveis por estas redes bots (chamados botherders, ou pastores de bots, em tradução livre) podem comandar dezenas de milhares de computadores infectados.

Acusados
A operação do FBI - que foi batizada de Bot Roast - conseguiu acusar três pessoas. Robert Alan Soloway, de Seattle, poderá ser condenado a 65 anos de prisão se for considerado culpado da acusação de usar uma grande rede de computadores zumbis e ter enviado milhões de e-mails não solicitados e de spam para fazer propaganda de seu site na Internet.

James Brewer, de Arlington, no Texas, foi acusado de ter operado uma rede botnet que infectou computadores de hospitais da área de Chicago. Esta rede botnet, por sua vez, infectou dezenas de milhares de computadores no mundo todo.

Jason Michael Downey, de Covington, Kentucky, é acusado de usar botnets para enviar um alto volume de tráfego para alguns endereços online, visando causar dano e diminuir a disponibilidade de alguns sistemas.
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Antivírus Novo vírus de pendrive exibe dados sobre AIDS

Publicado em Quarta - 20 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

De tempo em tempos surgem pragas virtuais que fingem ser “vírus do bem” (prometem corrigir problemas no computador ou afirmam ter um objetivo nobre). É o caso do W32/LiarVB-A. A nova ameaça, que se propoga por drives removíveis, como pendrives ou disquetes (além de se disseminar em redes), afirma ter como proposta a divulgação de informações sobre a AIDS.

asta conectar um dispositivo infectado para contaminar o micro ou até uma rede de PCs. O invasor altera o sistema para que ele entre em ação sempre que o usuário ligar a máquina. O LiarVB-A exibe um arquivo HTML com informações sobre a doença e um texto no qual afirma não fazer alterações no sistema e que não se trata de um programa perigoso.

Porém, segundo a empresa de segurança Sophos, que identificou a ameaça, isso não é verdade. “Ele altera as configurações e sobregrava arquivos”, destaca Graham Cluley, consultor sênior da Sophos. Para evitar problemas, a empresa recomenda que os usuários de Windows desabilitem o recurso de Autorun, para que mídias como pendrives e CD-ROMs não sejam executados automaticamente. Além disso, vale checar com antivírus os dispositivos que são conectados ao computador.
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Gerais Trillian 3.1.6.0 corrige falha de segurança

Publicado em Terça - 19 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

A Cerulean Studios tornou disponível para download ontem (18/06) a versão 3.1.6.0 do Trillian. Ela corrige uma falha grave encontrada pela Blurred Logic no processamento de mensagens em UTF-8 e permite que uma mensagem maliciosa cause um erro na alocação de memória, o que poderia permitir que uma simples mensagem causasse a execução de código ou instalação de vírus no sistema. O Trillian é um comunicador que permite o uso de várias redes de mensagem instantânea num mesmo programa.

De acordo com a iDefense, que publicou um informativo sobre a brecha, a implementação do MSN no Trillian é a mais vulnerável, mas a empresa não descarta a possibilidade de que outros protocolos também podem ser explorados. A atualização é recomendada para todos os usuários do mensageiro instantâneo.

UTF-8 é um padrão de codificação que permite aos programas converter números em texto. Computadores trabalham apenas com números (zero e um) e portanto precisam dos padrões de codificação para determinarem qual letra deve ser exibida para um certo número. Mensagens que usarem UTF-8, ou seja, que forçarem o Trillian a decodificá-las com UTF-8, causam um erro no programa que pode ser explorado por crackers.

A iDefense recebeu as informações da brecha por meio do seu programa VCP — Vulnerability Contributor Program. O VCP paga pesquisadores de segurança pelas brechas que eles encontram e é fonte de certa controvérsia. A iDefense não revelou informações sobre a falha até ontem, quando a atualização foi publicada.

Download para correção: http://www.ceruleanstudios.com/downloads/
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Linux, Unix, BSD Linux: paixão ou oportunidade?

Publicado em Terça - 19 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

As parcerias fechadas recentemente pela Microsoft com distribuidores de soluções de código aberto como Linspire e Xandros, depois daquela firmada com a Novell no ano passado, representaram mais um golpe para a comunidade de software livre.

Isso porque, conforme era previsto diante do primeiro acordo, as fronteiras ideológicas que tradicionalmente afastavam as duas tecnologias estão se estreitando, o que, para os apaixonados pelo código aberto, não pode ser visto com bons olhos. Seria como “se render ao inimigo”, conforme apontaram diversos comentários publicados em blogs desde que as novas parcerias foram firmadas.

Mas, se por um lado a aproximação decepciona aqueles que jamais imaginavam que companhias com perfis e missões tão diferentes se aproximariam de forma tênue, por outro, essas mesmas empresas e seus clientes corporativos não poderiam viver um momento tão favorável na avaliação de analistas. Seriam as oportunidades predominando sobre a paixão.

De acordo com Laura DiDio, analista sênior e líder de pesquisa do Yankee Group, para as companhias que fecharam acordo até o momento, não há nada a perder. Aliás, muito pelo contrário. Esse tipo de aproximação, segundo ela, faz com que as soluções abertas, que muitas vezes recebiam cara feita de grandes clientes corporativos por não apresentarem níveis desejáveis de suporte, passem a ser mais aceitáveis e mesmo atraentes.

“CEOs, CIOs e CTOs tendem a basear suas decisões de investimento sobre aquilo que é mais competitivo e que tende a custar menos para a empresa. E isso não significa apenas gastos com licenças, mas o custo total de propriedade (TCO) em si e também o trabalho que será demandado para integrar com suas soluções existentes. Quando mais uma solução conversar com sistemas já implantados da Microsoft, Apple ou mesmo Linux, mais competitiva ela tende a ser”, assinala.

No acordo com a Novell, a Microsoft se comprometeu a pagar milhares de dólares em taxas de licenciamento, além de arcar com os custos de vendas e marketing pelos próximos cinco anos, o que inclui 240 milhões de dólares para os certificados de assinatura do Suse Linux Enterprise. Por sua vez, a Novell se comprometeu a pagar à gigante de software uma porcentagem da receita gerada com a venda dos produtos de código aberto. As duas companhias afirmam que o acordo vai ajudar a estimular a adoção de Linux no mercado corporativo ao promover a interoperabilidade entre as duas plataformas.

A parceria com a Xandros – que oferece versões do Linux para desktop e servidores –, segue modelos semelhantes daquela estabelecida com a Novell, com licenciamento de patentes e colaboração. Conforme detalhou Bob Muglia, vice-presidente de Servidores e Ferramentas de Negócios da Microsoft, no início do mês, a Xandros terá licença sobre a propriedade intelectual da Microsoft e assumiu “a posição de ajudar os clientes a garantir que quando usem software livre, que a propriedade intelectual que a indústria criou seja parte dele”.

Já a Linspire concordou em trabalhar com a Novell e a Microsoft para desenvolver um tradutor de código aberto para que usuários do Open Office e do Microsoft Office compartilhem documentos de forma mais simples. Além disso, a companhia também licenciou o codec RT de áudio da Microsoft para tornar seu comunicador Pidgin IM compatível com o Windows Live Messenger e outros produtos da companhia. Um quarto acordo firmado, mas não propriamente com distribuidora Linux, foi aquele fechado com a LG Electronics, em que a companhia deverá pagar à gigante de software pela proteção ao uso do sistema operacional de código aberto em seus dispositivos móveis.

Para a analista, além de aumentar a interoperabilidade dos sistemas, as distribuidoras de soluções abertas também têm lucrado financeiramente com as parcerias. “Em vez de isolar o Linux em virtude de uma ideologia, as companhias estão se movendo em favor de seus usuários e de seus negócios. A comunidade precisa perceber que o Linux não é mais o clubinho que era antes”, complementa.

Aliados de momento
Mas se a flexibilização das empresas de código aberto em assinar contratos com a Microsoft está baseada, entre outros fatores, nas oportunidades vindouras, para a gigante de software tem representado uma saída estratégica. Isso porque é inegável o crescimento que as soluções abertas têm apresentado nos últimos anos. Ainda de acordo com a executiva do Yankee Group, cerca de sete anos atrás, muitos executivos da companhia tratavam o Linux “como um câncer” e negavam que a tecnologia pudesse representar concorrência significativa para o Windows.

No entanto, vale lembrar que não é apenas de olho na ampliação da interoperabilidade de seus sistemas que a Microsoft está empenhada em conquistar as alianças. A companhia de Bill Gates já declarou publicamente que considera que o Linux infringe 235 de suas patentes e que poderá perseguir agressivamente royalties nos casos em que julgar necessário. O que significa que, nos casos que não conseguir resolver amigavelmente, ela poderá partir para a batalha judicial. O alvo? Os clientes das soluções abertas. Nos casos já mencionados – Novell, Xandros, Linspire e LG –, o acordo protege os usuários quanto a eventuais processos, o que levou boa parte da comunidade a acreditar que tais companhias estariam cedendo às pressões da Microsoft.

“Não sei quão ameaçadas essas empresas se sentem, mas não vejo nenhum mal em tentar proteger seus clientes atuais e futuros sobre eventuais disputas judiciais. Um acordo amigável geralmente é muito menos desgastante. Além disso, quem mais reclama desses acordos geralmente são os desenvolvedores do código aberto. Mas não são eles que serão processados caso a Microsoft leve o caso para o tribunal”, comenta Laura DiDio, do Yankee.

Mais próximos
... a era de manter a competição entre a Apple e a Microsoft está acabada, até onde eu sei. Isso tem a ver com [os esforços de] deixar a Apple mais saudável e torná-la mais apta a fazer contribuições incrivelmente boas para a indústria, fortalecê-la e deixá-la próspera. A frase – que faz parte do discurso do líder da companhia, Steve Jobs, datado de 1997 durante o evento Macworld, realizado em São Francisco (EUA) –, ilustra o momento em que a Apple decidiu deixar as rixas com a companhia de Bill Gates de lado e partir para aquilo que considerava mais valoroso: seu momento de inovação. Os resultados surgiram alguns anos depois com iPod, iTunes e agora, o mais novo iPhone.

O comentário de Jobs foi incorporado pelo CEO da Linspire, Kevin Carmony, para descrever a situação no território do código aberto. “Eu também acredito que esse é o momento para o Linux fazer a mesma coisa. Em vez de isolar o Linux, creio que precisamos entender, assim como fez a Apple em 1997, que ele existe em um ecossistema e precisa trabalhar com e dentro desse ecossistema. Por mais impopular que isso possa parecer, o Linspire está disposto a assumir a liderança nesse esforço”, escreveu em uma carta aberta à comunidade publicada em seu website.

A analista Laura DiDio acredita que essa deve ser mesmo a tendência para as companhias que apostam nas tecnologias abertas, já que alianças em prol da interoperabilidade servem como uma alavanca importante para a popularização dos produtos. Resta saber se, ou por quanto tempo, resistirão empresas como a Red Hat a esse tipo de acordo, que prometeu, nas palavras de Gabriel Szulik, gerente-geral da companhia para a América Latina, não “venderá a alma como a Novell”.
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Gerais Google lança YouTube no Brasil

Publicado em Terça - 19 de Junho de 2007 | por Luiz Celso

O Google lançou nesta segunda-feira (19/06) a versão brasileira do site de compartilhamento de vídeos YouTube.

A companhia também anunciou versões localizadas do serviço para França, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Espanha e Reino Unido.

Por enquanto, os sites localizados utilizam a mesma base que o norte-americano, mas a idéia é personalizar os acervos para cada país.

A versão brasileira traz a página principal em português e destaca vídeos no idioma nativo.

Mais da metade do tráfego do site hoje vem de fora dos Estados Unidos e a localização do serviço tem como objetivo gerar receitas a partir dessa audiência.

O grande mote do YouTube em 2007 é acesso”, disse um dos fundadores do serviço, Chad Hurley, em uma conferência para imprensa em Paris. A empresa foi vendida em outubro passado ao Google, por 1,65 bilhão de dólares.

“Temos que colocar o YouTube em cada tela, e isso significa dispositivos móveis e a sala. Atualmente ele está restrito ao navegador, ao PC”, ele acrescentou.

Como parte do lançamento, o YouTube já firmou acordos com provedores locais de conteúdo nos países em que deve estrear.

Entre eles estão a inglesa British Broadcasting, a francesa France 24, as espanholas Antena 3 e Cuatro TV, a Rádio e Televisão de Portugal, os clubes europeus Chelsea, Milan, Barcelona e Real Madrid, e ONGs como Greenpeace e Amigos da Terra.
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