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Segurança Entrevista com o criador do HijackThis
Merijn Bellekom é o criador do HijackThis, uma ferramenta comumente usada em fóruns de suporte em remoção de vírus. Também criou outras ferramentas do mesmo gênero, entre elas o CWShredder, para remover variantes do spyware CoolWebSearch, e o Brute Force Uninstaller, um programa capaz de facilitar a criação de ferramentas de remoção.
O CWShredder foi vendido para a companhia anti-spyware Intermute que, mais tarde, foi adquirida pela gigante japonesa Trend Micro. A mesma Trend Micro adquiriu de Bellekom o HijackThis, sua mais conhecida criação, que ele fez baseando-se no artigo Hijacked! do site SpywareInfo que, durante muito tempo, foi pioneiro no suporte e na divulgação de informação sobre spywares. O site oficial de Merijn se encontra em www.merijn.org.
Confira abaixo uma entrevista com Merijn Bellekom, onde ele fala sobre suas influências, sua vida, pragas digitais e, claro, sobre a venda do HijackThis.
Qual a sua ocupação atualmente?
Atualmente ainda estou estudando Ciências da Informação na Universidade Utrecht, quase chegando ao bacharelado. Também tenho mestrado em Química. Ainda trabalho de meio expediente em ICT[1].
Em sua carreira, você teve influência de alguém, de seus pais ou outras pessoas, para entrar na área da informática? Desde quando está nessa área?
Meu pai, na maior parte (ele é um doutor). Ele começou a usar computador muito cedo na sua linha de trabalho e eu entrei muito cedo também por causa disso. Comecei a programar aos 11 anos mais ou menos.
Qual a linguagem de programação que você domina? O HijackThis foi programado em qual linguagem?
Visual Basic 6, mas sei também Basic, C, C++, PHP, ASP e um pouco de outras. Programei o HijackThis e meus outros programas publicados no Visual Basic 6.
Qual a sua opinião dos atuais antivírus? Eles podem melhorar? Acha que deveriam ser incluídas ferramentas de análise como o HijackThis? Mesmo as suítes de segurança não possuem ferramentas deste tipo.
Ferramentas de análise não são incluídas normalmente nos pacotes de antivírus porque apenas os usuários avançados são capazes de interpretar corretamente os resultados. Eu não acho que os pacotes de antivírus precisam disso, mas usuários avançados como eu certamente apreciariam.
Acho que há uma necessidade de uma melhor detecção de rootkits nos antivírus atuais.
Qual a sua opinião sobre o Windows Vista? O que você acha dos recursos de seguraça dele?
Sabe-se que o Vista não é usado por muitas pessoas ainda e não acho que ele vá se tornar tão popular. Eu sei de algumas pessoas que estão usando ele e eles estão felizes com o que o sistema parece ser.
Não sei o quão seguro ele é, desde que todo mundo desligou o UAC. Ele realmente não traz novidades suficientes para me fazer migrar do Windows XP. Vou esperar até o Service Pack 1, pelo menos, antes de migrar para ele.
Como você criou o HijackThis? Como foi seu desenvolvimento e a criação dos fóruns de análise e remoção de malware?
Como base para a primeira versão do HijackThis eu usei o artigo Hijacked!, escrito por Mike Healan no site SpywareInfo.com e adicionei alguns novos métodos de detecção quando spywares começaram a usar estes métodos antes desconhecidos.
Mike Healan foi quem realmente começou os fóruns e toda essa coisa de anti-spyware.
Qual foi o motivo da venda do HijackThis? Você ainda participará do desenvolvimento na TrendMicro? O software continuará freeware ou será comercializado?
Eu vendi o HijackThis porque eu não tinha tempo suficiente para mantê-lo e eu não queria apenas largá-lo. A TrendMicro pode continuar seu desenvolvimento e eu sei que ele vai continuar freeware.
Vemos que não existe ainda uma solução definitiva para a remoção de rootkits. Qual sua opinião sobre eles? Você confia nas ferramentas existentes atual para a análise deste tipo de malware?
Não há ferramenta disponível atualmente que pode detectar e remover todos os rootkits. Eu realmente espero que os programas antivírus desenvolvam melhores soluções para detectar rootkits, visto que os rootkits são uma ameaça crescente. Atualmente alguns rootkits são muito difíceis de se detectar e ainda mais difíceis de serem removidos.
Você tem planos? Ainda pensa em desenvolver outras ferramentas para a comunidade de segurança?
Eu não tenho nenhum plano para novos programas antes de eu me formar na faculdade, mas é bem possível que eu faça algo. =)
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O CWShredder foi vendido para a companhia anti-spyware Intermute que, mais tarde, foi adquirida pela gigante japonesa Trend Micro. A mesma Trend Micro adquiriu de Bellekom o HijackThis, sua mais conhecida criação, que ele fez baseando-se no artigo Hijacked! do site SpywareInfo que, durante muito tempo, foi pioneiro no suporte e na divulgação de informação sobre spywares. O site oficial de Merijn se encontra em www.merijn.org.
Confira abaixo uma entrevista com Merijn Bellekom, onde ele fala sobre suas influências, sua vida, pragas digitais e, claro, sobre a venda do HijackThis.
Qual a sua ocupação atualmente?
Atualmente ainda estou estudando Ciências da Informação na Universidade Utrecht, quase chegando ao bacharelado. Também tenho mestrado em Química. Ainda trabalho de meio expediente em ICT[1].
Em sua carreira, você teve influência de alguém, de seus pais ou outras pessoas, para entrar na área da informática? Desde quando está nessa área?
Meu pai, na maior parte (ele é um doutor). Ele começou a usar computador muito cedo na sua linha de trabalho e eu entrei muito cedo também por causa disso. Comecei a programar aos 11 anos mais ou menos.
Qual a linguagem de programação que você domina? O HijackThis foi programado em qual linguagem?
Visual Basic 6, mas sei também Basic, C, C++, PHP, ASP e um pouco de outras. Programei o HijackThis e meus outros programas publicados no Visual Basic 6.
Qual a sua opinião dos atuais antivírus? Eles podem melhorar? Acha que deveriam ser incluídas ferramentas de análise como o HijackThis? Mesmo as suítes de segurança não possuem ferramentas deste tipo.
Ferramentas de análise não são incluídas normalmente nos pacotes de antivírus porque apenas os usuários avançados são capazes de interpretar corretamente os resultados. Eu não acho que os pacotes de antivírus precisam disso, mas usuários avançados como eu certamente apreciariam.
Acho que há uma necessidade de uma melhor detecção de rootkits nos antivírus atuais.
Qual a sua opinião sobre o Windows Vista? O que você acha dos recursos de seguraça dele?
Sabe-se que o Vista não é usado por muitas pessoas ainda e não acho que ele vá se tornar tão popular. Eu sei de algumas pessoas que estão usando ele e eles estão felizes com o que o sistema parece ser.
Não sei o quão seguro ele é, desde que todo mundo desligou o UAC. Ele realmente não traz novidades suficientes para me fazer migrar do Windows XP. Vou esperar até o Service Pack 1, pelo menos, antes de migrar para ele.
Como você criou o HijackThis? Como foi seu desenvolvimento e a criação dos fóruns de análise e remoção de malware?
Como base para a primeira versão do HijackThis eu usei o artigo Hijacked!, escrito por Mike Healan no site SpywareInfo.com e adicionei alguns novos métodos de detecção quando spywares começaram a usar estes métodos antes desconhecidos.
Mike Healan foi quem realmente começou os fóruns e toda essa coisa de anti-spyware.
Qual foi o motivo da venda do HijackThis? Você ainda participará do desenvolvimento na TrendMicro? O software continuará freeware ou será comercializado?
Eu vendi o HijackThis porque eu não tinha tempo suficiente para mantê-lo e eu não queria apenas largá-lo. A TrendMicro pode continuar seu desenvolvimento e eu sei que ele vai continuar freeware.
Vemos que não existe ainda uma solução definitiva para a remoção de rootkits. Qual sua opinião sobre eles? Você confia nas ferramentas existentes atual para a análise deste tipo de malware?
Não há ferramenta disponível atualmente que pode detectar e remover todos os rootkits. Eu realmente espero que os programas antivírus desenvolvam melhores soluções para detectar rootkits, visto que os rootkits são uma ameaça crescente. Atualmente alguns rootkits são muito difíceis de se detectar e ainda mais difíceis de serem removidos.
Você tem planos? Ainda pensa em desenvolver outras ferramentas para a comunidade de segurança?
Eu não tenho nenhum plano para novos programas antes de eu me formar na faculdade, mas é bem possível que eu faça algo. =)
Windows Microsoft vence AT&T em batalha judicial
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (30/04) que a Microsoft não deve ser culpada por utilizar tecnologia patenteada pela AT&T em cópias do Windows em execução em máquinas fora do país. No total foram sete votos a um que isentam a companhia de Bill Gates de pagar milhões de dólares em danos.
A Microsoft tinha anteriormente admitido violar patentes da AT&T para conversão de voz para códigos de computador, o que foi incorporado em dezenas de milhares de cópias de Windows. Houve acordo para o caso dentro dos Estados Unidos, mas outras localidades não foram cobertas pelo acerto.
A questão fazia parte de uma lei de patentes emitida em 1984, que evita que as companhias comercializem certas partes de seus produtos em outros países, contrariando as determinações norte-americanas.
A gigante de software disse perante a corte em fevereiro que as cópias do Windows vendidas para outros países e para outros fabricantes não violam leis de patentes. A AT&T, que abriu o processo original em 2001, afirmou que a Microsoft utilizou no códio uma combinação de outros componentes que exigiriam o pagamento de royalties para cada cópia de Windows vendida.
Uma decisão em favor da AT&T faria com que o Departamento de Patentes e Marcas Registradas atuasse como um árbitro de propridade intelectual internacional, o que poderia elevar os preços dos softwares. A Suprema Corte foi a última instância a qual a Microsoft pode recorrer antes de pagar multas.
Nenhuma das companhias comentou o assunto.
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A Microsoft tinha anteriormente admitido violar patentes da AT&T para conversão de voz para códigos de computador, o que foi incorporado em dezenas de milhares de cópias de Windows. Houve acordo para o caso dentro dos Estados Unidos, mas outras localidades não foram cobertas pelo acerto.
A questão fazia parte de uma lei de patentes emitida em 1984, que evita que as companhias comercializem certas partes de seus produtos em outros países, contrariando as determinações norte-americanas.
A gigante de software disse perante a corte em fevereiro que as cópias do Windows vendidas para outros países e para outros fabricantes não violam leis de patentes. A AT&T, que abriu o processo original em 2001, afirmou que a Microsoft utilizou no códio uma combinação de outros componentes que exigiriam o pagamento de royalties para cada cópia de Windows vendida.
Uma decisão em favor da AT&T faria com que o Departamento de Patentes e Marcas Registradas atuasse como um árbitro de propridade intelectual internacional, o que poderia elevar os preços dos softwares. A Suprema Corte foi a última instância a qual a Microsoft pode recorrer antes de pagar multas.
Nenhuma das companhias comentou o assunto.
Gerais Falha de injeção HTML no GTalk
Falha no programa de mensagem instantânea do Google...
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Antivírus Trojan usa massacre da Universidade de Virginia
Criminosos digitais estão aproveitando o massacre da Universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, para infectar máquinas de curiosos em baixar um vídeo com imagens da tragédia. O link que vem na mensagem eletrônica instala um trojan para roubar dados confidenciais das vítimas. A informação é da Bluepex.
O Trojan-Spy.Win32.Banbra.ow, responsável por roubar as informações críticas, tem 780 KB de tamanho, ocupando cerca de 28 MB de memória. De acordo com a Bluepex, isso significa que os programadores de vírus não se importam mais em escrever malware para se esconder nos sistemas invadidos.
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O Trojan-Spy.Win32.Banbra.ow, responsável por roubar as informações críticas, tem 780 KB de tamanho, ocupando cerca de 28 MB de memória. De acordo com a Bluepex, isso significa que os programadores de vírus não se importam mais em escrever malware para se esconder nos sistemas invadidos.
Gerais Máquinas vão ultrapassar inteligência humana
Com a interligação de todos os PCs, servidores e celulares do planeta via internet, a capacidade dos processadores não pára de acelerar. Parece um complô muito bem orquestrado, onde computadores quânticos, nanotecnologia e biotecnologia colaboram para o advento da Superinteligência.
Professor aposentado da Universidade da Califórnia em San Diego e autor de romances de ficção-científica, Vernor Vinge aposta que as máquinas ultrapassarão o homem em algum momento depois de 2020. Veja por que nesta entrevista:
Faz dez anos que o supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez Gary Kasparov. Aquele foi o primeiro vislumbre de uma nova forma de inteligência?
Vernon Vinge – Creio que Deep Blue tinha uma programação inovadora, mas o sucesso previsível aconteceu principalmente em função da tendência existente de melhoramento na performance do hardware dos computadores. O resultado foi uma performance melhor que a humana em um problema único de uma área limitada. No futuro, veremos melhoramentos no software e hardware que levarão este sucesso a outros domínios intelectuais.
Em 1993, você proferiu na Nasa a sua profética palestra sobre a proximidade da Singularidade Tecnológica. Poderia explicar o conceito da singularidade?
Parece plausível supor que com a tecnologia nós poderemos, num futuro relativamente próximo, criar (ou nos tornar) criaturas que ultrapassem os humanos em todas as dimensões intelectuais e criativas. Quaisquer eventos além acontecerem além deste evento - o surgimento da inteligência artificial ou singularidade tecnológica – são inimagináveis para nós assim como uma ópera o é para uma lesma de jardim.
Você ainda acredita no advento da Singularidade?
Acredito que seja a mais provável previsão não-catastrófica para as próximas décadas.
A explosão da internet e da computação em paralelo estão em última instância acelerando a chegada deste evento ?
Sim. Existem outros caminhos possíveis para a Singularidade, mas ao menos a equação computadores+comunicações+pessoas fornece uma base sólida para futuros saltos intelectuais.
Quando finalmente surgirem máquinas inteligentes, que cara eles terão?
Muito provavelmente elas serão menos visíveis do que os computadores são hoje. Em sua maiorias, elas irão operar via redes e processadores embutidos nas máquinas comuns do nosso dia-a-dia. Por outro lado, as manifestações do seu comportamento podem ser mudanças muito espetaculares no nosso mundo físico. Uma exceção serão os robôs móveis. Mesmo antes da Singularidade, eles provavelmente irão se tornar muito impressionantes, tornando-se mais ágeis e coordenados do que os atletas humanos, mesmo em situações ao ar livre
(Nota: um bom exemplo é a mula-robô criada para transportar munições dos fuzileiros dos EUA. Veja aqui um vídeo mostrando a sua impressionante locomoção).
Como saberemos que estas máquinas terão consciência?
A esperança e o perigo estão no fato de que estas criaturas serão como crianças. Como com qualquer criança, uma questão fundamental é assegurar sob qual moral elas irão se desenvolver. Neste sentido, existem boas razões para ter esperança, apesar, é claro, do perigo de que estas crianças em particular serão muito mais poderosas do que as nossas naturais.
O célebre astrofísico britânico Stephen Hawking declarou em 2001 à revista Focus que: “Com uma alteração do nosso patrimônio genético, podemos aumentar a complexidade do DNA e, por conseqüência, melhorar a homem. (...) Devemos seguir este caminho, se queremos que os sistemas biológicos sobrevivam aos eletrônicos. Ao contrário do nosso intelecto, os computadores duplicam sua capacidade a cada 18 meses. Daí advém o perigo real de que desenvolvam inteligência e dominem o mundo. Nós temos também que desenvolver rapidamente técnicas para possibilitar uma ligação direta entre o cérebro e os computadores, permitindo que a inteligência artificial contribua para a inteligência humana e não se volte contra nós”. Você crê que esta modificação genética seja factível?
Acredito que ela é tanto prática quando positiva – e sujeita às mesmas preocupações relacionados aos computadores. No longo prazo, não creio que a biologia orgânica possa acompanhar o passo do harware. Por outro lado, a biologia orgânica é robusta em modos diferentes das máquinas de hardware. A sobrevivência da vida será melhor servida através da preservação e aperfeiçoamento de ambas as estratégias.
A união da nanotecnologia com a engenharia genética e a informática poderá representar uma ameaça para a Humanidade, como Bill Joy, o guru da Sun Microsystems, alertou em 2000 no manifesto “Por que o futuro não precisa de nós”?
O planeta (e o universo) são repletos de ameaças mortais. A tecnologia é a fonte de algumas destas ameaças – mas ela igualmente nos tem protegido como outras. Eu acredito que a tecnologia é, ela própria, a melhor resposta da vida contra os riscos que nos ameaçam.
Neste exato momento, o Pentágono está empregando mais de cinco mil robôs no Iraque, patrulhando cidades, desarmando explosivos ou realizando vôos de reconhecimento. O próximo passo é fazê-los andar armados. É o cenário do Exterminador do Futuro?
Isto é concebível, embora não seja uma razão para se dar as costas à robótica. A guerra mundial termonuclear, que saiu da moda, e algumas formas de guerra biológica são muito mais simples, mais prováveis, e provavelmente mais letais do que o cenário do exterminador do futuro.
No seu último romance, Rainbows End, a trama se passa em 2025, quando a Humanidade usa computadores vestíveis e está imersa na realidade virtual, cercada por sensores onipresentes. Este cenário é plausível?
É o cenário (não-catastrófico) mais plausível para 2025 que se possa imaginar.
E não é assustador, algo que você define com “a grande conspiração contra a liberdade humana”?
Antes do computador pessoal, a maioria das pessoas acreditava que os computadores fossem o grande inimigo da liberdade. Quando surgiu o PC, muitas pessoas perceberam que milhões de computadores nas mãos dos cidadãos eram uma defesa contra a tirania. Agora, no novo milênio, vemos como os governos podem usar as redes para um monitoramento onipresente, e isto é assustador. Mas uma das idéias que procuro passar no meu livro é a possibilidade de que o abuso governamental se torne irrelevante.
Na medida em que a tecnologia ganha importância, os governos precisam fornecer a ilusão da liberdade para os milhões de pessoas que precisam se manter felizes e criativas para manter a economia nos trilhos. Tudo somado, estas pessoas possuem maior diversidade e recursos (e até mesmo melhor coordenação) do que qualquer governo. Os bancos de dados on-line, as redes de computadores e as redes sociais fornecem a esta tendência um enorme impulso. No final, a “ilusão da liberdade” pode ser mais real do que em qualquer outro momento da história. Com a internet, o povo pode atingir uma nova forma de populismo, potencializado por um conhecimento absolutamente profundo e abrangente.
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Professor aposentado da Universidade da Califórnia em San Diego e autor de romances de ficção-científica, Vernor Vinge aposta que as máquinas ultrapassarão o homem em algum momento depois de 2020. Veja por que nesta entrevista:
Faz dez anos que o supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez Gary Kasparov. Aquele foi o primeiro vislumbre de uma nova forma de inteligência?
Vernon Vinge – Creio que Deep Blue tinha uma programação inovadora, mas o sucesso previsível aconteceu principalmente em função da tendência existente de melhoramento na performance do hardware dos computadores. O resultado foi uma performance melhor que a humana em um problema único de uma área limitada. No futuro, veremos melhoramentos no software e hardware que levarão este sucesso a outros domínios intelectuais.
Em 1993, você proferiu na Nasa a sua profética palestra sobre a proximidade da Singularidade Tecnológica. Poderia explicar o conceito da singularidade?
Parece plausível supor que com a tecnologia nós poderemos, num futuro relativamente próximo, criar (ou nos tornar) criaturas que ultrapassem os humanos em todas as dimensões intelectuais e criativas. Quaisquer eventos além acontecerem além deste evento - o surgimento da inteligência artificial ou singularidade tecnológica – são inimagináveis para nós assim como uma ópera o é para uma lesma de jardim.
Você ainda acredita no advento da Singularidade?
Acredito que seja a mais provável previsão não-catastrófica para as próximas décadas.
A explosão da internet e da computação em paralelo estão em última instância acelerando a chegada deste evento ?
Sim. Existem outros caminhos possíveis para a Singularidade, mas ao menos a equação computadores+comunicações+pessoas fornece uma base sólida para futuros saltos intelectuais.
Quando finalmente surgirem máquinas inteligentes, que cara eles terão?
Muito provavelmente elas serão menos visíveis do que os computadores são hoje. Em sua maiorias, elas irão operar via redes e processadores embutidos nas máquinas comuns do nosso dia-a-dia. Por outro lado, as manifestações do seu comportamento podem ser mudanças muito espetaculares no nosso mundo físico. Uma exceção serão os robôs móveis. Mesmo antes da Singularidade, eles provavelmente irão se tornar muito impressionantes, tornando-se mais ágeis e coordenados do que os atletas humanos, mesmo em situações ao ar livre
(Nota: um bom exemplo é a mula-robô criada para transportar munições dos fuzileiros dos EUA. Veja aqui um vídeo mostrando a sua impressionante locomoção).
Como saberemos que estas máquinas terão consciência?
A esperança e o perigo estão no fato de que estas criaturas serão como crianças. Como com qualquer criança, uma questão fundamental é assegurar sob qual moral elas irão se desenvolver. Neste sentido, existem boas razões para ter esperança, apesar, é claro, do perigo de que estas crianças em particular serão muito mais poderosas do que as nossas naturais.
O célebre astrofísico britânico Stephen Hawking declarou em 2001 à revista Focus que: “Com uma alteração do nosso patrimônio genético, podemos aumentar a complexidade do DNA e, por conseqüência, melhorar a homem. (...) Devemos seguir este caminho, se queremos que os sistemas biológicos sobrevivam aos eletrônicos. Ao contrário do nosso intelecto, os computadores duplicam sua capacidade a cada 18 meses. Daí advém o perigo real de que desenvolvam inteligência e dominem o mundo. Nós temos também que desenvolver rapidamente técnicas para possibilitar uma ligação direta entre o cérebro e os computadores, permitindo que a inteligência artificial contribua para a inteligência humana e não se volte contra nós”. Você crê que esta modificação genética seja factível?
Acredito que ela é tanto prática quando positiva – e sujeita às mesmas preocupações relacionados aos computadores. No longo prazo, não creio que a biologia orgânica possa acompanhar o passo do harware. Por outro lado, a biologia orgânica é robusta em modos diferentes das máquinas de hardware. A sobrevivência da vida será melhor servida através da preservação e aperfeiçoamento de ambas as estratégias.
A união da nanotecnologia com a engenharia genética e a informática poderá representar uma ameaça para a Humanidade, como Bill Joy, o guru da Sun Microsystems, alertou em 2000 no manifesto “Por que o futuro não precisa de nós”?
O planeta (e o universo) são repletos de ameaças mortais. A tecnologia é a fonte de algumas destas ameaças – mas ela igualmente nos tem protegido como outras. Eu acredito que a tecnologia é, ela própria, a melhor resposta da vida contra os riscos que nos ameaçam.
Neste exato momento, o Pentágono está empregando mais de cinco mil robôs no Iraque, patrulhando cidades, desarmando explosivos ou realizando vôos de reconhecimento. O próximo passo é fazê-los andar armados. É o cenário do Exterminador do Futuro?
Isto é concebível, embora não seja uma razão para se dar as costas à robótica. A guerra mundial termonuclear, que saiu da moda, e algumas formas de guerra biológica são muito mais simples, mais prováveis, e provavelmente mais letais do que o cenário do exterminador do futuro.
No seu último romance, Rainbows End, a trama se passa em 2025, quando a Humanidade usa computadores vestíveis e está imersa na realidade virtual, cercada por sensores onipresentes. Este cenário é plausível?
É o cenário (não-catastrófico) mais plausível para 2025 que se possa imaginar.
E não é assustador, algo que você define com “a grande conspiração contra a liberdade humana”?
Antes do computador pessoal, a maioria das pessoas acreditava que os computadores fossem o grande inimigo da liberdade. Quando surgiu o PC, muitas pessoas perceberam que milhões de computadores nas mãos dos cidadãos eram uma defesa contra a tirania. Agora, no novo milênio, vemos como os governos podem usar as redes para um monitoramento onipresente, e isto é assustador. Mas uma das idéias que procuro passar no meu livro é a possibilidade de que o abuso governamental se torne irrelevante.
Na medida em que a tecnologia ganha importância, os governos precisam fornecer a ilusão da liberdade para os milhões de pessoas que precisam se manter felizes e criativas para manter a economia nos trilhos. Tudo somado, estas pessoas possuem maior diversidade e recursos (e até mesmo melhor coordenação) do que qualquer governo. Os bancos de dados on-line, as redes de computadores e as redes sociais fornecem a esta tendência um enorme impulso. No final, a “ilusão da liberdade” pode ser mais real do que em qualquer outro momento da história. Com a internet, o povo pode atingir uma nova forma de populismo, potencializado por um conhecimento absolutamente profundo e abrangente.
Gerais Google denuncia noivo assassino
A curiosidade de uma mulher que realizou uma busca no google com o nome de seu noivo, revelou seu nome entre os fugitivos mais procurados dos EUA.
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Hackers e Cia Ataques phishing têm 14% de taxa de acerto, diz estudo
A Universidade de Indiana, Estados Unidos, criou uma abordagem diferente para estudar o comportamento dos internautas que recebem mensagens de phishing scam. Focando em clientes do eBay, a faculdade de informática simulou esses ataques no experimento “Designing Ethical Phishing Experiments” (Experimento éticos de phishing, material em inglês).
Ao contrário das estimativas anteriores, que colocavam a taxa de sucesso dos phishings em torno de 1% a 3% do total de mensagens enviadas, os pesquisadores encontraram um número muito maior. No geral, a Universidade de Indiana descobriu que está em 14% o “sucesso” da fraude digital. De acordo com os pesquisadores, as avaliações anteriores não conseguiram quantificar as pessoas que não admitem terem sido enganadas.
“Nosso objetivo foi determina a taxa de sucesso de diferentes tipos de phishing, não apenas os que são usados hoje, mas aqueles mais desconhecidos”, relata em declaração oficial Markus Jakobsson, professor de informática da Universidade. Jakobsson também é sócio de uma nova companhia de segurança que usa tecnologia nos cookies para proteger usuários web.
As ‘vítimas’ do experimento receberam um e-mail que parece ter sido enviado pelo eBay com um link e pedindo o login. Quando clicavam, eles eram direcionados ao site original, mas os pesquisadores também eram notificados. Além disso, usaram também a técnica de enviar phishing através de um amigo ou pessoa no catálogo de endereços.
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Ao contrário das estimativas anteriores, que colocavam a taxa de sucesso dos phishings em torno de 1% a 3% do total de mensagens enviadas, os pesquisadores encontraram um número muito maior. No geral, a Universidade de Indiana descobriu que está em 14% o “sucesso” da fraude digital. De acordo com os pesquisadores, as avaliações anteriores não conseguiram quantificar as pessoas que não admitem terem sido enganadas.
“Nosso objetivo foi determina a taxa de sucesso de diferentes tipos de phishing, não apenas os que são usados hoje, mas aqueles mais desconhecidos”, relata em declaração oficial Markus Jakobsson, professor de informática da Universidade. Jakobsson também é sócio de uma nova companhia de segurança que usa tecnologia nos cookies para proteger usuários web.
As ‘vítimas’ do experimento receberam um e-mail que parece ter sido enviado pelo eBay com um link e pedindo o login. Quando clicavam, eles eram direcionados ao site original, mas os pesquisadores também eram notificados. Além disso, usaram também a técnica de enviar phishing através de um amigo ou pessoa no catálogo de endereços.
Gerais Oracle lidera mercado de bd com 44,4%
O Oracle Database atingiu 7,3 bilhões de dólares em vendas em 2006, e rendeu à companhia de Larry Ellison 44,4% do mercado avaliado em 16,5 bilhões de dólares.
A Oracle continuou a figurar no primeiro lugar, impulsionada principalmente pela boa aceitação do produto 10g R2, diz o analista Carl Olofson em um relatório.
A IBM apareceu na segunda colocação com 3,5 bilhões de dólares em vendas com o DB2 e 21,2% do mercado, praticamente estável com os 21,6% registrados em 2005.
Em terceiro lugar apareceu a Microsoft, que cresceu 25% em receitas com o SQL Server. A companhia lucrou 3,1 bilhões de dólares com a solução e atingiu participação de 18,6% do mercado.
A quarta colocação foi ocupada pela Sybase e a quinta, pela NCR Teradata, que anunciou em janeiro passado sua operação independente. Outras soluções como MySQL, PostGreSQL e Ingres Corp atingiram 1,6 bilhão de dólares em vendas.
Para Mark Townsend, vice-presidente de gerenciamento de produtos de banco de dados da Oracle, a companhia não está se gabando quando afirma superar de longe seus três próximos concorrentes. A IBM está lentamente se apagando nesse cenário. A Oracle e a Microsoft estão ganhando espaço do DB2, ressaltou.
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A Oracle continuou a figurar no primeiro lugar, impulsionada principalmente pela boa aceitação do produto 10g R2, diz o analista Carl Olofson em um relatório.
A IBM apareceu na segunda colocação com 3,5 bilhões de dólares em vendas com o DB2 e 21,2% do mercado, praticamente estável com os 21,6% registrados em 2005.
Em terceiro lugar apareceu a Microsoft, que cresceu 25% em receitas com o SQL Server. A companhia lucrou 3,1 bilhões de dólares com a solução e atingiu participação de 18,6% do mercado.
A quarta colocação foi ocupada pela Sybase e a quinta, pela NCR Teradata, que anunciou em janeiro passado sua operação independente. Outras soluções como MySQL, PostGreSQL e Ingres Corp atingiram 1,6 bilhão de dólares em vendas.
Para Mark Townsend, vice-presidente de gerenciamento de produtos de banco de dados da Oracle, a companhia não está se gabando quando afirma superar de longe seus três próximos concorrentes. A IBM está lentamente se apagando nesse cenário. A Oracle e a Microsoft estão ganhando espaço do DB2, ressaltou.
Linux, Unix, BSD Linux ainda não é ideal para ambientes corporativos
Muitas companhias têm procurado alternativas para o Windows em seu ambiente de trabalho, especialmente aquelas que fujam ao Vista – já que não são poucas as demandas do sistema operacional sobre hardware, custos de atualização e restrições de licenças. Depois de testar o Mac OS X no ambiente corporativo, a editora online do COMPUTERWORLD nos Estados Unidos, Sharon Machlis, analisou o Enterprise Desktop 10+, Suse Linux da Novell.
Depois de várias semanas, Sharon aponta que o Linux no desktop parece estar pronto para usuários domésticos não muito exigentes. Mas as coisas se complicaram um pouco para os usuários corporativos, diz ela.
Se as necessidades do usuário estão, sobretudo, em e-mails, navegação web, processamento de palavras e planilhas, as distribuições Linux, como Suse e Ubuntu, estão ótimas mesmo no ambiente de trabalho. No entanto, se o usuário em questão for um grande entusiasta da tecnologia, com certeza terá interesse e habilidade para superar os obstáculos não suportados e mergulhar em cada gota do kernel. Confira a seguir as principais impressões da jornalista sobre o sistema.
Primeiras impressões
“Depois de anos utilizando o Windows XP, é um tanto quanto engraçado ver algo novo no desktop”, relata. Sua primeira tarefa foi instalar o Suse Linux Enterprise Desktop em uma máquina Dell antiga – 40 GB de disco rígido e menos de 800 MB de memória RAM – e conectá-la à infra-estrutura do escritório. Para Sharon, a instalação foi fácil: apenas colocar o CD, concordar com alguns procedimentos, clicar no botão “próximo” várias vezes e, finalmente, chegar ao ponto de instalação. No teste foi selecionado o GNOME como interface de desktop.
Em menos de uma hora, Sharon aponta que se convenceu de que o Linux é de fato a plataforma que consegue extrair o máximo do hardware. “Eu preferiria uma máquina mais rápida, quem não iria preferir? Mas o sistema está apto para realizar os trabalhos que realmente preciso fazer hoje”, comenta.
O Suse Linux fora da caixa é unido a várias aplicações, incluindo uma versão da suíte OpenOffice e softwares para ler arquivos em Adobe PDF, Flash e RealMedia. Existem vários navegadores de internet e editores de texto, correio Evolution, da Novell, calendário e pacotes colaborativos, além de aplicações pré-carregadas como a solução Gaim, de mensagens instantâneas.
Ao contrário de várias aplicações incluídas nos sistemas Windows, estas não parecem vir com anúncios publicitários de abertura instantânea, como o pop-up anti-spyware – e, diga-se de passagem, irritante! – da Trend Micro.
O básico funciona bem imediatamente. Se o usuário tem uma conexão à rede, pode imprimir, surfar na web utilizando um dos navegadores, acessar arquivos de um drive de rede e importar os marcadores do Firefox. Embora Sharon não tenha conseguido uma versão do Notes para Linux, conseguiu ter acesso ao e-mail e ao calendário via internet.
“Várias pessoas pararam na minha mesa durante o primeiro dia de trabalho e perguntaram: como é o Linux? Eu, um tanto embaraçada, primeiro corava e dizia: é bem parecido com o Windows, mas com mais aplicações gratuitas e mais acesso às linhas de comando”, conta, embora enfatize depois da experiência que as diferenças vão muito além disso.
O trabalho com a web foi razoavelmente bem. Um dos melhores aspectos esteve no fato de o Firefox trabalhar bem com TeamSite, sistema de gerenciamento de conteúdo da Interwoven utilizado pelo CW americano para publicações.
A executiva também baixou uma planilha de teste do Google Docs para o OpenOffice, e ela funcionou sem falhas. Depois de algumas horas, Sharon disse estar convencida de que o teste de Linux não seria árduo, e que ela deveria ser mais uma defensora do Linux no ambiente de trabalho sem reservas.
A realidade não é bem assim...
No terceiro dia, Sharon descobriu a primeira aplicação da qual sentiria falta desesperadamente: a NoteTab Pro, editor baratinho de texto HTML utilizado há anos. Ela tem um menu elegante com comandos de um clique para tudo a partir de etiquetas HTML e links para mudança de textos, união de linhas, aspas e correção de ortografia.
“Estou ciente de que existem editores de textos mais puros por aí, mas a interseção de funções que o NoteTab oferece é tudo o que eu preciso no meu trabalho. Quando eu testei um documento do Word no OpenOffice, vi que ele funcionava bem e que eu poderia fazer alguns comandos de edição por ali. Mas sem o NoteTab, não tenho uma forma automatizada de extrair a formação do Word e adicionar os códigos HTML que desejo”, relata.
Segundo ela, uma máquina virtual de Windows rodando no seu sistema permitiria a execução do NoteTab. Mas no teste, porém, a idéia seria viver totalmente em ambiente Linux, evitando os custos de um segundo sistema operacional.
Diante do dilema, a diretora recorreu ao CrossOver Linux Professional, da CodeWeavers, que permite a execução de softwares para Windows em Linux sem necessitar de licenças ou instalação do sistema operacional da Microsoft. O CrossOver é baseado no projeto de código aberto Wine e promete executar programas Windows baseados no Windows Application Programming Interface.
Sharon chegou a comemorar quanto o NoteTab Light, versão aberta do NoteTab, pareceu funcionar bem, mesmo sem que o programa fosse listado entre aqueles oficialmente suportados pelo CrossOver. “Foi especialmente empolgante quando vi na tela a mensagem: ‘simulando reinício do Window”, diz.
Por outro lado, a versão profissional mais robusta, nem sequer abre. E a light pareceu um tanto frágil quando tentei adicionar meus scripts. Existem outras falhas pequenas irritantes. Na maior parte das vezes, não houve opção para salvar durante o trabalho em um documento. Também existiram falhas de tempos em tempos quando tentei posicionar meu cursor em um documento e clicar em “selecionar tudo”.
A partir de então, começou a jornada da executiva em busca de um editor de texto para HTML. O Komodo Edit, da ActiveState, prometia boas coisas, e tinha macros graváveis e também programáveis. O ponto fraco? Destinado aos desenvolvedores, não jornalistas, e não incluía funcionalidades necessárias como checagem de grafia.
O Kate, editor de texto incluído no Suse Linux desktop, era uma possibilidade, já que muitas das funções do NoteTab utilizadas para economizar tempo – como união de linhas e mudança de boxes de textos – estavam presentes. A executiva terminou a edição de seu documento codificando todas as marcas do parágrafo à mão, já que não teve paciência para descobrir como fazer o procedimento em Linux e executar múltiplos comandos de procurar e substituir.
“Isso não quer dizer que eu não poderia levantar e tentar outro editor de texto com novas macros. Mas isso exigiria uma investimento em um recurso raro nas redações atualmente: o tempo. Mas está claro que se tivéssemos que sair do Windows para Linux, alguns usuários teriam a produtividade afetada até que estivesse claro como otimizar tarefas já automatizadas nas plataformas anteriores”, diz.
Outras aplicações em falta
Inicialmente a saudade de Sharon tinha a ver apenas com a NoteTab. No entanto, rapidamente descobriu que outros pacotes de software também faziam falta, como o Adobe Photoshop Elements com suas funcionalidades específicas, elementos não encontrados por ela em Linux ou não suportados pela CrossOver – embora a fabricante diga que tem habilidades para o Photoshop 6.
A instalação Suse designada para o teste incluía um pacote para tratamento de imagens chamado GIMP (GNU Image Manipulation Program), mas a executiva sentiu diferenças notáveis em relação às interfaces. Sharon conta que passou mais de 10 horas treinando os Elements do Photoshop, aprendendo o que fazer na ferramenta. E naquele momento do teste, não estava certa se queria passar novamente por dose semelhante para aprender as funcionalidades do GIMP.
Além disso, o iTunes, que não é propriamente uma aplicação de trabalho, mas agrada os funcionários em determinadas horas do dia, também não atingiu resultado satisfatório. “Instalei iTunes com o CrossOver, mas ele suporta a versão 4.9 e recomenda atualização. Também não consegui acessar a loja do iTunes”, ressalta. Hoje, a última versão para Windows é a 7.0.2 do iTunes, o que exigiria várias seqüências de atualizações para a versão de Linux, 4.9.
Por último, a executiva relata que sentiu bastante falta da Adobe InCopy, software para edições impressas disponíveis apenas para Windows ou Mac. Com utilização ao menos semanal, não tê-la representou um problema. Fora isso, a falta de sincronização com o Palm T/X no desktop foi outro desafio. Parecia que ia funcionar, diz a executiva, ao passo que incluía uma aplicação justamente para aquele fim – chamada Gnome Pilot -, mas não deu certo.
“Aqui está um exemplo de como usuários de nível intermediário podem se frustrar com o Linux algumas vezes. É provável que nesta fase tenhamos equipamentos e aplicações adicionais além das configurações padrão, ao mesmo tempo em que não sabemos o que fazer para executar aquilo que os fornecedores não suportam oficialmente”, comenta.
O(s) lado(s) positivo(s)
Algumas outras coisas mostraram durante a semana de trabalho de Sharon que o Linux é um sistema operacional destinado a usuários sérios. Um exemplo foi encontrado no fato de que Sharon conseguiu acessar facilmente as pastas no drive de rede a partir do sistema operacional aberto, e movê-las do sistema Windows para a caixa de Linux em teste. Escrever códigos e códigos de comando não foi necessário. Arrastar e colar foi o suficiente.
A executiva aponta também que executar um arquivo MP3 é tão fácil como clicar sobre ele e abrir o RealPlayer para Linux. No entanto, assistir a um trailer de filme na internet – o que pode ser feito em um clique no Windows – pareceu um tanto mais complicado, já que existem muitos no formato QuickTime, da Apple, e a companhia não fornece diretamente um reprodutor ou plug-in da ferramenta para Firefox no Linux.
“Mas uma das coisas que eu não sinto falta no Linux de jeito nenhum são os balões do Windows me perturbando sobre as atualizações que eu não estou interessada em instalar!”, complementa, dizendo ainda que quando o plug-and-play do Linux funciona, é uma experiência agradável.
A executiva, uma entusiasta de planilhas, também se surpreendeu com a versão da Novell para o OpenOffice Calc, especialmente no que diz respeito à formatação. Isso é importante principalmente porque ela extrai várias vezes por semana relatórios a partir de websites e não preciso cortar e colar colunas individuais.
A peça final do quebra-cabeça
Quando a versão para Linux do Notes chegou às mãos da executiva, a experiência se tornou mais prazerosa. Ela conseguiu enviar e receber e-mails, acessar o calendário, agendar reuniões e utilizar várias bases de dados da redação equipadas com o Notes. O único problema foi a vagareza, trazida pelo hardware quase primitivo da executiva.
“Basicamente, eu esperava ser uma garota propaganda para a próxima onda de usuários de Linux no desktop. Eu quis ser. Gosto da idéia de ter um sistema operacional de código aberto, que não presume que todos nós precisamos ser protegidos dos trabalhos de outros. Não temo linhas de comando e gosto de viajar pelo mundo da programação”, ressalta.
No entanto, Sharon alerta que ainda é um desafio para o usuário intermediário utilizar exclusivamente aplicações abertas no desktop. Isso porque boa parte do trabalho pode ser comprometida por tempo de adaptação às novas plataformas ou mesmo porque suas aplicações não rodam.
“Eu provavelmente poderia lidar com essas questões de aplicações que não rodam em Linux utilizando uma máquina virtual de Windows”, enfatiza. De qualquer forma, a executiva considera a experiência positiva. “Gostei tanto que vou manter o Linux no meu desktop”, conclui.
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Depois de várias semanas, Sharon aponta que o Linux no desktop parece estar pronto para usuários domésticos não muito exigentes. Mas as coisas se complicaram um pouco para os usuários corporativos, diz ela.
Se as necessidades do usuário estão, sobretudo, em e-mails, navegação web, processamento de palavras e planilhas, as distribuições Linux, como Suse e Ubuntu, estão ótimas mesmo no ambiente de trabalho. No entanto, se o usuário em questão for um grande entusiasta da tecnologia, com certeza terá interesse e habilidade para superar os obstáculos não suportados e mergulhar em cada gota do kernel. Confira a seguir as principais impressões da jornalista sobre o sistema.
Primeiras impressões
“Depois de anos utilizando o Windows XP, é um tanto quanto engraçado ver algo novo no desktop”, relata. Sua primeira tarefa foi instalar o Suse Linux Enterprise Desktop em uma máquina Dell antiga – 40 GB de disco rígido e menos de 800 MB de memória RAM – e conectá-la à infra-estrutura do escritório. Para Sharon, a instalação foi fácil: apenas colocar o CD, concordar com alguns procedimentos, clicar no botão “próximo” várias vezes e, finalmente, chegar ao ponto de instalação. No teste foi selecionado o GNOME como interface de desktop.
Em menos de uma hora, Sharon aponta que se convenceu de que o Linux é de fato a plataforma que consegue extrair o máximo do hardware. “Eu preferiria uma máquina mais rápida, quem não iria preferir? Mas o sistema está apto para realizar os trabalhos que realmente preciso fazer hoje”, comenta.
O Suse Linux fora da caixa é unido a várias aplicações, incluindo uma versão da suíte OpenOffice e softwares para ler arquivos em Adobe PDF, Flash e RealMedia. Existem vários navegadores de internet e editores de texto, correio Evolution, da Novell, calendário e pacotes colaborativos, além de aplicações pré-carregadas como a solução Gaim, de mensagens instantâneas.
Ao contrário de várias aplicações incluídas nos sistemas Windows, estas não parecem vir com anúncios publicitários de abertura instantânea, como o pop-up anti-spyware – e, diga-se de passagem, irritante! – da Trend Micro.
O básico funciona bem imediatamente. Se o usuário tem uma conexão à rede, pode imprimir, surfar na web utilizando um dos navegadores, acessar arquivos de um drive de rede e importar os marcadores do Firefox. Embora Sharon não tenha conseguido uma versão do Notes para Linux, conseguiu ter acesso ao e-mail e ao calendário via internet.
“Várias pessoas pararam na minha mesa durante o primeiro dia de trabalho e perguntaram: como é o Linux? Eu, um tanto embaraçada, primeiro corava e dizia: é bem parecido com o Windows, mas com mais aplicações gratuitas e mais acesso às linhas de comando”, conta, embora enfatize depois da experiência que as diferenças vão muito além disso.
O trabalho com a web foi razoavelmente bem. Um dos melhores aspectos esteve no fato de o Firefox trabalhar bem com TeamSite, sistema de gerenciamento de conteúdo da Interwoven utilizado pelo CW americano para publicações.
A executiva também baixou uma planilha de teste do Google Docs para o OpenOffice, e ela funcionou sem falhas. Depois de algumas horas, Sharon disse estar convencida de que o teste de Linux não seria árduo, e que ela deveria ser mais uma defensora do Linux no ambiente de trabalho sem reservas.
A realidade não é bem assim...
No terceiro dia, Sharon descobriu a primeira aplicação da qual sentiria falta desesperadamente: a NoteTab Pro, editor baratinho de texto HTML utilizado há anos. Ela tem um menu elegante com comandos de um clique para tudo a partir de etiquetas HTML e links para mudança de textos, união de linhas, aspas e correção de ortografia.
“Estou ciente de que existem editores de textos mais puros por aí, mas a interseção de funções que o NoteTab oferece é tudo o que eu preciso no meu trabalho. Quando eu testei um documento do Word no OpenOffice, vi que ele funcionava bem e que eu poderia fazer alguns comandos de edição por ali. Mas sem o NoteTab, não tenho uma forma automatizada de extrair a formação do Word e adicionar os códigos HTML que desejo”, relata.
Segundo ela, uma máquina virtual de Windows rodando no seu sistema permitiria a execução do NoteTab. Mas no teste, porém, a idéia seria viver totalmente em ambiente Linux, evitando os custos de um segundo sistema operacional.
Diante do dilema, a diretora recorreu ao CrossOver Linux Professional, da CodeWeavers, que permite a execução de softwares para Windows em Linux sem necessitar de licenças ou instalação do sistema operacional da Microsoft. O CrossOver é baseado no projeto de código aberto Wine e promete executar programas Windows baseados no Windows Application Programming Interface.
Sharon chegou a comemorar quanto o NoteTab Light, versão aberta do NoteTab, pareceu funcionar bem, mesmo sem que o programa fosse listado entre aqueles oficialmente suportados pelo CrossOver. “Foi especialmente empolgante quando vi na tela a mensagem: ‘simulando reinício do Window”, diz.
Por outro lado, a versão profissional mais robusta, nem sequer abre. E a light pareceu um tanto frágil quando tentei adicionar meus scripts. Existem outras falhas pequenas irritantes. Na maior parte das vezes, não houve opção para salvar durante o trabalho em um documento. Também existiram falhas de tempos em tempos quando tentei posicionar meu cursor em um documento e clicar em “selecionar tudo”.
A partir de então, começou a jornada da executiva em busca de um editor de texto para HTML. O Komodo Edit, da ActiveState, prometia boas coisas, e tinha macros graváveis e também programáveis. O ponto fraco? Destinado aos desenvolvedores, não jornalistas, e não incluía funcionalidades necessárias como checagem de grafia.
O Kate, editor de texto incluído no Suse Linux desktop, era uma possibilidade, já que muitas das funções do NoteTab utilizadas para economizar tempo – como união de linhas e mudança de boxes de textos – estavam presentes. A executiva terminou a edição de seu documento codificando todas as marcas do parágrafo à mão, já que não teve paciência para descobrir como fazer o procedimento em Linux e executar múltiplos comandos de procurar e substituir.
“Isso não quer dizer que eu não poderia levantar e tentar outro editor de texto com novas macros. Mas isso exigiria uma investimento em um recurso raro nas redações atualmente: o tempo. Mas está claro que se tivéssemos que sair do Windows para Linux, alguns usuários teriam a produtividade afetada até que estivesse claro como otimizar tarefas já automatizadas nas plataformas anteriores”, diz.
Outras aplicações em falta
Inicialmente a saudade de Sharon tinha a ver apenas com a NoteTab. No entanto, rapidamente descobriu que outros pacotes de software também faziam falta, como o Adobe Photoshop Elements com suas funcionalidades específicas, elementos não encontrados por ela em Linux ou não suportados pela CrossOver – embora a fabricante diga que tem habilidades para o Photoshop 6.
A instalação Suse designada para o teste incluía um pacote para tratamento de imagens chamado GIMP (GNU Image Manipulation Program), mas a executiva sentiu diferenças notáveis em relação às interfaces. Sharon conta que passou mais de 10 horas treinando os Elements do Photoshop, aprendendo o que fazer na ferramenta. E naquele momento do teste, não estava certa se queria passar novamente por dose semelhante para aprender as funcionalidades do GIMP.
Além disso, o iTunes, que não é propriamente uma aplicação de trabalho, mas agrada os funcionários em determinadas horas do dia, também não atingiu resultado satisfatório. “Instalei iTunes com o CrossOver, mas ele suporta a versão 4.9 e recomenda atualização. Também não consegui acessar a loja do iTunes”, ressalta. Hoje, a última versão para Windows é a 7.0.2 do iTunes, o que exigiria várias seqüências de atualizações para a versão de Linux, 4.9.
Por último, a executiva relata que sentiu bastante falta da Adobe InCopy, software para edições impressas disponíveis apenas para Windows ou Mac. Com utilização ao menos semanal, não tê-la representou um problema. Fora isso, a falta de sincronização com o Palm T/X no desktop foi outro desafio. Parecia que ia funcionar, diz a executiva, ao passo que incluía uma aplicação justamente para aquele fim – chamada Gnome Pilot -, mas não deu certo.
“Aqui está um exemplo de como usuários de nível intermediário podem se frustrar com o Linux algumas vezes. É provável que nesta fase tenhamos equipamentos e aplicações adicionais além das configurações padrão, ao mesmo tempo em que não sabemos o que fazer para executar aquilo que os fornecedores não suportam oficialmente”, comenta.
O(s) lado(s) positivo(s)
Algumas outras coisas mostraram durante a semana de trabalho de Sharon que o Linux é um sistema operacional destinado a usuários sérios. Um exemplo foi encontrado no fato de que Sharon conseguiu acessar facilmente as pastas no drive de rede a partir do sistema operacional aberto, e movê-las do sistema Windows para a caixa de Linux em teste. Escrever códigos e códigos de comando não foi necessário. Arrastar e colar foi o suficiente.
A executiva aponta também que executar um arquivo MP3 é tão fácil como clicar sobre ele e abrir o RealPlayer para Linux. No entanto, assistir a um trailer de filme na internet – o que pode ser feito em um clique no Windows – pareceu um tanto mais complicado, já que existem muitos no formato QuickTime, da Apple, e a companhia não fornece diretamente um reprodutor ou plug-in da ferramenta para Firefox no Linux.
“Mas uma das coisas que eu não sinto falta no Linux de jeito nenhum são os balões do Windows me perturbando sobre as atualizações que eu não estou interessada em instalar!”, complementa, dizendo ainda que quando o plug-and-play do Linux funciona, é uma experiência agradável.
A executiva, uma entusiasta de planilhas, também se surpreendeu com a versão da Novell para o OpenOffice Calc, especialmente no que diz respeito à formatação. Isso é importante principalmente porque ela extrai várias vezes por semana relatórios a partir de websites e não preciso cortar e colar colunas individuais.
A peça final do quebra-cabeça
Quando a versão para Linux do Notes chegou às mãos da executiva, a experiência se tornou mais prazerosa. Ela conseguiu enviar e receber e-mails, acessar o calendário, agendar reuniões e utilizar várias bases de dados da redação equipadas com o Notes. O único problema foi a vagareza, trazida pelo hardware quase primitivo da executiva.
“Basicamente, eu esperava ser uma garota propaganda para a próxima onda de usuários de Linux no desktop. Eu quis ser. Gosto da idéia de ter um sistema operacional de código aberto, que não presume que todos nós precisamos ser protegidos dos trabalhos de outros. Não temo linhas de comando e gosto de viajar pelo mundo da programação”, ressalta.
No entanto, Sharon alerta que ainda é um desafio para o usuário intermediário utilizar exclusivamente aplicações abertas no desktop. Isso porque boa parte do trabalho pode ser comprometida por tempo de adaptação às novas plataformas ou mesmo porque suas aplicações não rodam.
“Eu provavelmente poderia lidar com essas questões de aplicações que não rodam em Linux utilizando uma máquina virtual de Windows”, enfatiza. De qualquer forma, a executiva considera a experiência positiva. “Gostei tanto que vou manter o Linux no meu desktop”, conclui.
Network Quebrado recorde de velocidade na internet
Um grupo de pesquisadores liderados pela Universidade de Tóquio quebrou, por duas vezes em dois dias, o recorde de velocidade na internet.
Em dezembro, eles enviaram dados a uma velocidade de 7,67 gigabits por segundo (Gbps), usando protocolos padrões da internet.
No dia seguinte, usando protocolos modificados, o recorde foi quebrado novamente, enviando dados a uma velocidade de 9,08 gigabits por segundo (Gbps).
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25/04) pelo consórcio que administra a Internet2.
Os pesquisadores usaram o novo protocolo de endereços, o IPv6, para quebrar o recorde de velocidade na internet em dezembro.
Os dados foram enviados de Tóquio e passaram por Chicago, Amsterdã e Seattle antes de retornar para a capital japonesa.
O recorde anterior era de 6,96 Gbps e foi alcançado em novembro de 2005.
Usando o protocolo antigo de endereços da internet, o Ipv4, o recorde de velocidade na internet é de 8,8 Gbps.
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Em dezembro, eles enviaram dados a uma velocidade de 7,67 gigabits por segundo (Gbps), usando protocolos padrões da internet.
No dia seguinte, usando protocolos modificados, o recorde foi quebrado novamente, enviando dados a uma velocidade de 9,08 gigabits por segundo (Gbps).
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25/04) pelo consórcio que administra a Internet2.
Os pesquisadores usaram o novo protocolo de endereços, o IPv6, para quebrar o recorde de velocidade na internet em dezembro.
Os dados foram enviados de Tóquio e passaram por Chicago, Amsterdã e Seattle antes de retornar para a capital japonesa.
O recorde anterior era de 6,96 Gbps e foi alcançado em novembro de 2005.
Usando o protocolo antigo de endereços da internet, o Ipv4, o recorde de velocidade na internet é de 8,8 Gbps.